Ícone do site Jornal da Chapada

#Chapada: Fligê recebe Exposição Vidas em Cordel, do Museu da Pessoa, e traz 13 histórias ligadas à literatura

Em mais um ano, a Fligê trará a cultura do cordel como um dos destaques do evento | FOTO: Divulgação |

Como forma de valorizar as narrativas individuais como um legado de cada um e valorizar a cultura popular brasileira como uma herança a ser transmitida e constantemente reapropriada, o Museu da Pessoa, um dos primeiros museus digitais do mundo e dedicados às histórias de vida, lança a exposição híbrida (física e virtual) e itinerante Vidas em Cordel.

Para a exposição, que começou seu percurso em julho, foram “cordelizadas” 13 histórias de vida do acervo do Museu da Pessoa, apresentando-as como obras literárias e trajetórias ao mesmo tempo épicas e cotidianas. A itinerância começou na IV Festa Literária Internacional do Paiaiá e agora segue, ainda na Bahia, para a Feira Literária de Mucugê, entre 16 e 20 de agosto.

A curadoria da exposição é composta pelo poeta e cordelista Jonas Samaúma, pelo cordelista e pesquisador do folclore brasileiro, Marco Haurélio, e pela xilogravadora Lucélia Borges. “A exposição Vidas em Cordel traz um cordão de histórias, mostrando um Brasil diverso, caleidoscópico, com suas mazelas e injustiças, mas também com suas belezas e encantos. Um verdadeiro tributo à coragem e à resiliência dessas pessoas”, afirma Marco Haurélio.

A arte da xilogravura também desempenha um papel essencial na exposição. Cada gravura, cuidadosamente esculpida por Lucélia Borges e Artur Soares, dá vida aos personagens, cenários e acontecimentos que povoam as histórias selecionadas. Embora não seja a única técnica utilizada para ilustrar as capas dos cordéis, a xilogravura é a mais característica.

“Vidas em Cordel explora o que há de único e coletivo, banal e extraordinário na vida de cada um de nós. Nos mostra que, assim como a literatura de cordel, nossas histórias também são patrimônios culturais brasileiros”, diz Lucas Lara, Diretor de Museologia do Museu da Pessoa.

Vidas em Cordel é uma homenagem a arte de ouvir e contar histórias. A proposta é que ela inspire o público a valorizar suas próprias trajetórias, a reconhecer a beleza da diferença e a celebrar a cultura popular brasileira. Nela, são apresentadas histórias de vida, como a de Dona Dalva Damiana, um dos maiores ícones do samba de roda do Recôncavo Baiano:

Quando vai cantar seu samba
Alegria é sua marca.
Ela pega a tradição,
Tira do fundo da arca,
Da Irmandade da Boa Morte
Se tornou a matriarca.

A exposição compõe a programação anual do Museu da Pessoa como a primeira de uma série de ações dedicadas ao Cordel, reconhecido pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Dentro dessa programação, ainda serão lançados esse ano um Podcast com 13 episódios, um material educativo e uma versão digital da exposição em agosto, que reunirá conteúdos inéditos.

Sobre o Museu da Pessoa
O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades.

Desde seu início, sua plataforma virtual contabiliza mais de 2.500.000 acessos únicos. O projeto educativo já alcançou 1455 escolas públicas, impactando mais de 56 mil alunos em 69 municípios do Brasil. O Museu possui 96 livros publicados com mais de 76 mil exemplares distribuídos. Sua sustentabilidade financeira é mantida através do planejamento e produção de mais de 300 projetos de memória desenvolvidos para instituições e empresas.

Jornal da Chapada

Sair da versão mobile