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#Polêmica: Prefeito de Mata de São João acusado de expulsar quilombolas de suas terras tem patrimônio avaliado em R$ 171 milhões

João Guadaberto (PSDB), prefeito de Mata de São João, coleciona fortuna e polêmicas | FOTO: Divulgação |

João Gualberto (PSDB), prefeito de Mata de São João, que teve o nome envolvido recentemente em uma polêmica com quilombolas da Praia do Forte, foi incluído na lista dos gestores mais ricos do Brasil. O milionário tem um patrimônio avaliado em R$ 171,2 milhões.

Na última eleição, Gualberto declarou a fortuna milionária, que inclui um avião, um apartamento no valor de R$ 22 milhões, além de uma rede de supermercado e outros empreendimentos menores. Essa seria mais uma notícia sem tanta relevância. Porém, ao que tudo indica, o patrimônio do gestor vem aumentando às custas do sofrimento de quilombolas da Praia do Forte.

No mês passado, o jornal The Intercept Brasil denunciou a ligação do gestor municipal com José Adalberto Souza, que é o dono de vários empreendimentos na Praia do Forte e tem parceria com muitas pessoas influentes da elite baiana.

A mesma reportagem frisa a forma como a especulação imobiliária feita por grupos como o do sócio do prefeito de Mata de São João tem prejudicado a vida dos quilombolas que vivem na região afetada. Os moradores têm relatado assédio por parte dos agentes da prefeitura para abandonar suas casas.

Outra pessoa que está envolvida na polêmica é a ex-assessora de imprensa de João Gualberto. A vereadora Cris Correia é presidente da fundação Garcia Dávila, que, por coincidência ou não, fica também localizada na Praia do Forte. Ao ser entrevistada por jornalistas da Intercept, a mulher falou que não sabia que ocupava esse cargo na Instituição.

O maior problema é que a fundação em questão, desde 2009, controla a reserva legal de Praia do Forte, em uma área de 1.300 hectares, onde vivem as comunidades tradicionais da região. Uma das moradoras da localidade vislumbrada pelos milionários relata como os agentes agem: ‘Já derrubaram a minha casa e a do meu irmão. Eles diziam que a construção era irregular, mas sabíamos que era apenas uma desculpa para fazer o serviço’, relata a mulher em entrevista ao The Intercept Brasil.

O prefeito João Adalberto também foi procurado pelos jornalistas do mesmo site, mas apenas falou que o seu grupo é minoritário e não tem tanta relevância na região da Praia do Forte. O gestor ainda culpou o governo estadual pela derrubada das casas e afirmou que se tratavam de construções irregulares.Jornal da Chapada com informações do The Intercept Brasil

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