Ao ser questionada sobre as jóias, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o maquiador uruguaio Agustin Fernandez xingam e atacam uma mulher em um restaurante em Brasília nesta sexta-feira (11). A pessoa que filma a cena pergunta sobre onde estão os itens que foram presentes dos governos sauditas e baremita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito de ter desviado para seu acervo pessoal ao deixar o cargo.
Agustin xinga a mulher de “vagabunda” e “bicha feia do cão”. Com a insistência da mulher em questionar sobre as peças, Michelle se vai a mesa afirmar que a mulher ali “é tão mal-informada que sabe onde estão as joias”. Em seguida, o maquiador joga um copo de gelo na mulher que filmava. O vídeo foi divulgado pela colunista Andréa Sadi, da GloboNews.
Itens de alto valor, segundo a legislação brasileira, fazem parte do acervo da União, o que impede que seja comercializado. A investigação aponta que Bolsonaro teria levado as joias para os Estados Unidos, tentado vendê-las e receber o pagamento de maneira a evitar o sistema bancário.
URGENTE: em restaurante, Michelle Bolsonaro fica inconformada quando alguém do povo pergunta sobre as joias. Seu maquiador agrediu a mulher que fez o questionamento. pic.twitter.com/CuywLAwCdm
— André Janones (@AndreJanonesAdv) August 12, 2023
Nesta sexta, a PF deflagrou uma operação que realizou busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Niterói. Entre os alvos estão o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que também atuou na ajudância de ordens da Presidência.
Mauro Lourena Cid, amigo próximo de Bolsonaro, aparece no reflexo de uma das peças que foi colocada em leilão. Já Frederick Wassef é suspeito de ter recomprado um rolex após o Tribunal de Contas da União (TCU) pedir que as jóias fossem devolvidas ao estado brasileiro.
Também foi pedido pela Polícia a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente para saber se o dinheiro da venda ou da recompra dos itens passou por sua conta pessoal. As informações são do site Estado de Minas.
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