Relatório da Polícia Federal sobre o telefone celular de Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, revela que ela atuava em uma rede de disseminação de notícias falsas sobre as vacinas de combate à covid-19, envolvendo parentes militares. As informações são do UOL. Além disso, a PF também identificou discussões em grupos de WhatsApp sobre como fraudar o certificado de vacinação.
O aparelho de Gabriela foi apreendido em maio, na mesma operação que prendeu seu marido, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma das mensagens, Gabriela Cid debocha do fato de ter emitido certificado falso de vacinação: “Tomei as minhas doses kkkkk”.
O conteúdo encontrado no celular de Gabriela Cid reforça as suspeitas da PF da participação de Mauro Cid e seus familiares em um esquema de fraudes de certificados de vacinação contra a Covid. Gabriela Cid, em depoimento à PF, confessou ter usado certificado falso de vacinação para viajar aos Estados Unidos em dezembro de 2021.
Além das mensagens irônicas sobre o comprovante de vacinação, a PF encontrou uma anotação no celular de Gabriela que comprova o uso do certificado falso de vacina para entrar nos EUA. Em uma lista de tarefas necessárias para a viagem aos EUA, ela escreveu: “Cartão de vacinação” e, ao lado da anotação, um símbolo indicando que a tarefa havia sido resolvida.
Vacinação compulsória
No celular de Gabriela, também foram encontradas imagens de um grupo de WhatsApp chamado “Mulheres 2.0”, onde discutiam maneiras de fraudar o ConecteSUS, sistema do Ministério da Saúde que registra as vacinas tomadas pelos brasileiros.
Em uma das conversas, elas discutem sobre a compra de 50 milhões de doses da vacina da Pfizer e afirmam que o governo Lula iria impor vacinação compulsória contra a covid, o que nunca aconteceu. Jornal da Chapada com informações da Revista Fórum.