A sessão extraordinária que aprovou o pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundef aos professores e educadores do estado aconteceu em meio a brigas e discussões entre os parlamentares. Tendo início às 19h20 desta quinta-feira (24), a sessão contou ainda com presença da tropa de choque para evitar conflitos exacerbados.
Com a aprovação do projeto, os professores irão receber o pagamento de 60% dos recursos da segunda parcela, além de um abono de 30% dos fundos do ano de 2023. O valor será dividido entre os 82.907 professores e educadores da Bahia. Apesar disso, o pagamento dos juros de mora, também solicitados pela classe, não entraram na conta.
Na sessão, o deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) ‘alfinetou’ o governo de Jerônimo Rodrigues. “Eu quero dizer aos deputados que vieram aqui defender o governador, que estudem o que vão falar. Não venham falar sobre educação, porque, atualmente, a Bahia lidera um dos piores índices de ensino médio no Brasil”, argumenta Régis.
Alan Sanches (União), líder da oposição na AL-BA, protagonizou diversas polêmicas durante a discussão sobre o pagamento dos precatórios. Durante a ausência de Adolfo Menezes, Alan Sanches reclamou de Zé Raimundo (PT) presidir a sessão. O petista rebateu e disse que “na ausência do presidente, quem dirige a Assembleia é o vice-presidente”.
Com a declaração de Zé Raimundo, o parlamentar do União acusou o petista de realizar manobras para favorecer seu partido na aprovação do projeto. Com a exaltação de Alan Sanches, Leandro de Jesus (PL) retrucou: “Fascista. O PT é fascista”, disse. Ao fundo, é possível ver que as falas do parlamentar foram reproduzidas pelos professores presentes nas galerias.
Essa não foi a única polêmica envolvendo Alan Sanches. Durante pronunciamento do relator do projeto, Vitor Bonfim (PV), o parlamentar do União solicitou que houvesse uma troca na relatoria devido à dicção do colega. “Se ele continuar assim, solicito que seja trocado o relator para o entendimento de todos nós.
Líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT) reclamou de Alan Sanches ao impor constrangimento aos demais colegas da Assembleia.
Próximo ao final da sessão, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) criticou o projeto de lei sem o pagamento dos juros de mora. “Nosso símbolo vai ser o estigma da covardia, da perversidade com a educação da Bahia que precisa tanto da nossa firmeza”, declarou.Jornal da Chapada com informações do Portal Metrópoles