A polícia de Ohio, nos Estados Unidos, revelou neste sábado (2) as imagens de uma ação que terminou com a morte de TaKiya Young, 21 anos. A jovem negra estava grávida. A mulher estava dentro do próprio carro no estacionamento de um supermercado quando foi abordada por acusação de furto. A jovem então protestou.
Pelas imagens, fica claro que um dos agentes (ao lado da janela do motorista) começou a gritar e a bater no vidro. É possível observar que a mulher grita “Vocês vão atirar em mim?”. Segundos depois, ela tenta sair com o carro e o policial, que estava parado na frente do veículo com a arma em punho, dispara. O caso ocorreu em 24 de agosto.
Para o advogado Sean Walton, que representa a família, o vídeo mostra que a morte foi injustificável. “A família está inconsolável”, disse à agência de notícias AP.
O advogado também negou a acusação de furto de bebidas e afirmou que, segundo uma testemunha, Takiya Young teria deixado as garrafas no supermercado antes de sair.
I've never seen a video of a pregnant white woman being shot by police. #TakiyaYoung pic.twitter.com/PbzZIHh4Uh
— Ether (@wsrt14) September 2, 2023
Posição da policia
Em nota, o chefe da polícia diz que o tiro foi uma tragédia. “Os familiares de Young estão compreensivelmente de luto e muito chateados”, diz.
O sindicato dos policiais, por sua vez, afirma que é prematuro acusá-los antes que a investigação seja concluída. O agente que atirou na jovem está de licença remunerada enquanto o caso é apurado, e o segundo policial que aparece nas imagens segue trabalhando normalmente.
Histórico de morte de negros nos EUA
O caso segue uma série de mortes de jovens negros nos EUA que tem aumentado o escrutínio sobre as práticas da polícia americana nos últimos anos. Em Ohio, Donovan Lewis estava deitado em sua cama quando foi baleado por um oficial que cumpria um mandado, em agosto do ano passado. Casey Goodson Jr. foi baleado cinco vezes nas costas por um vice-xerife em 2020.
Naquele mesmo ano, em Minneapolis, George Floyd morreu depois que o policial Derek Chauvin pressionou o joelho em seu pescoço por mais de nove minutos. Os vídeos em que ele implora pela vida e diz que não consegue respirar enquanto é sufocado desencadeou uma onda global de protestos em 2020. Correio Braziliense com informações do Estadão.