Desde o início do mês, várias cidades baianas registraram trocas de tiros entre suspeitos de integrar facções criminosas e policiais. Maioria das mortes ocorreu em bairros periféricos de Salvador. As informações são do G1 Bahia.
Ao longo dos 23 dias do mês de setembro deste ano, pelo menos 45 pessoas foram mortas em confronto com as forças de segurança na Bahia. A maior parte dos casos, registados durante operações policiais em bairros periféricos de Salvador.
Segundo as corporações policiais, dos 46 mortos, 45 eram integrantes de facções criminosas ou suspeitos de outros crimes, como homicídios. Também foi informado que houve troca de tiros em todas as situações. Houve apenas uma morte de um agente de segurança pública, a do policial federal, Lucas Caribé,
Mesmo com os números alarmantes deste mês, a insegurança não é recente. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, a Bahia foi líder no ranking de mortes violentas no país, com quase 7 mil assassinatos. O número representa 50 casos a cada 100 mil habitantes.
Além disso, 1.464 dessas mortes aconteceram em confrontos policiais – uma média de 122 por mês, ainda segundo o fórum. O estado também foi o que mais matou pessoas em intervenções policiais em 2022, seja de agentes em serviço ou fora dele. Esse número saltou de 1.335 em 2021, para 1.464 mortes em 2022. De acordo com a SSP-BA, de janeiro a agosto deste ano, as intervenções policiais com resultado morte apresentaram redução de 4,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Diante do cenário atual, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, afirmou que a guerra entre facções é a principal causa da violência no estado.
Como resposta a isso, tem sido realizadas operações integradas entre as polícias Federal, Civil, Militar e Rodoviária Federal. O gestor afirma, no entanto, que o estado não passa por uma intervenção federal.
Um acordo entre a SSP-BA e a PF foi assinado em agosto, instituindo a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), dos governos estadual e federal, com o objetivo de reforçar o combate a grupos criminosos. O pacto tem prazo de vigência de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.Jornal da Chapada com informações do Portal Mais Informações.