O presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA), Marcelo Carvalho, afirmou, nesta quinta-feira (26), que o “problema crônico” da mobilidade urbana em Salvador e da massa de trabalhadores que levam cerca de duas horas e meia por dia para se locomover entre a casa e o trabalho não passa pelo BRT, “uma obra, que ao meu ver, só trouxe dificuldades no período da sua construção e não atende a população, porque não liga os principais corredores da cidade”.
“O BRT é o exemplo de obra mal pensada, desastrosa, faraônica, que não leva nada a lugar nenhum. Um dos maiores problemas da cidade do Salvador é a mobilidade urbana, um problema crônico, o que faz com que o nosso povo perca em média duas horas e meia por dia para se locomover da casa para o trabalho, problema que não vai ser resolvido sem o fortalecimento do metrô, criação de novas linhas e oferta de transporte público de qualidade e gratuito”, explicou.
A avaliação do dirigente sindical foi feita no dia em que Salvador amanheceu com a saída atrasada dos ônibus das garagens e na esteira das críticas feitas ao metrô pelo prefeito Bruno Reis (UB) durante entrevista à Rádio Metrópole, na última terça-feira (24).
O gestor se queixou de que o preço da tarifa não cobre despesas com insumos e a maior parte da receita fica com o metrô. Para Marcelo Carvalho, uma solução seria adotar o modelo tarifa zero, como existe desde 2018 em Maricá, município do Rio de Janeiro. Com mais de 100 mil habitantes, a cidade foi pioneira ao implantar ônibus que atendem a população de forma gratuita. As informações são de assessoria.