Após defender jornalista e ser proibido de acessar a Câmara dos Vereadores de Ituaçu por um decreto anunciado pelo presidente da Casa, Almir Pessoa (PSD), o produtor cultural e vice-presidente do PT no município, Aelson Neto, obteve, por meio de decisão judicial, um Habeas Corpus que autoriza sua entrada na ‘casa do povo’. A notícia foi revelada por Aelson nesta terça-feira (21).
Em um vídeo publicado em seu perfil oficial do Instagram, Aelson Neto comemorou a vitória judicial e agradeceu o apoio de seu advogado na condução do caso. “Não sou inelegível, nem fui condenado. Por isso, quero comunicar a todos que hoje é um dia muito importante para a democracia, uma vez que acabei de receber da justiça a autorização para entrar na Câmara de Ituaçu”, frisou o músico.
“Quero ainda expressar minha gratidão pelo empenho do meu advogado, Dr. Ademir Ismerim Medina, que foi fundamental para alcançarmos essa vitória judicial. Na verdade, é um triunfo pela democracia, considerando que fui vítima de uma proibição completamente arbitrária.”, finalizou o vice-presidente do PT.
Em entrevista ao Jornal da Chapada, Aelson relatou seu sentimento ao ter sido impedido de entrar na Câmara. “Eu fiquei indignado por ter me deparado com aquela ação ditatorial. Senti que tive meu direito violado enquanto cidadão de bem, que sempre agiu dentro da lei”, salientou o produtor cultural.
Ainda durante a entrevista, Aelson pontuou que o principal motivo de sua indignação é observar que a sociedade tem testemunhado personagens políticos que foram condenados e considerados inelegíveis pela justiça, fazendo discursos de ódio no plenário da Câmara, e ainda assim, esses políticos se sentem no direito de proibir sua entrada na “casa do povo”. Ele ainda ressaltou que sua busca é por justiça e não por vingança.
Entenda o caso
Durante uma sessão em 27 de outubro deste ano, o presidente da Câmara dos Vereadores de Ituaçu, Almir Pessoa, anunciou um decreto proibindo Aelson Neto de entrar na casa. Em sua decisão, o edil frisou que o vice-presidente do PT teria praticado ações de falta de respeito ao defender uma jornalista que foi impedida de usar a tribuna livre para se defender de ataques feitos por membros da atual gestão.
Indignado com o decreto, Aelson relatou que em nenhum momento agiu de forma desrespeitosa perante os vereadores e que utilizou sua liberdade de expressão de maneira democrática, após a sessão se dar por encerrada pelo Presidente em Exercício César Wanderley. Ele ainda recorreu à justiça, alegando ter sido vítima de crime de abuso de autoridade.
Jornal da Chapada