Em meio a um chororô sem fim entre aliados do clã, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) surtou e propagou terror na horda fascista ao comentar na rede X, antigo Twitter, a aprovação da indicação de Flávio Dino para ocupar a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação às 11h09, Eduardo, um dos filhos mais extremistas de Jair Bolsonaro (PL), tentou provocar o caos dizendo que a partir de agora haverá uma “tensão permanente”, sendo que a posse de Dino só se dará em fevereiro, após as férias forenses.
“Aqueles que pensavam que estávamos vivendo uma turbulência passageira agora terão que acordar para a tensão permanente. Não haverá espaço sequer para pontuais ‘críticas construtivas’, seja você isentão ou esquerdista inclusive”, iniciou. Em seguida, o deputado mostra todo o desespero do clã, que teme que Jair Bolsonaro (PL) seja preso.
“Conservador será tratado pior do que traficante, pois o próprio novo iluminado já disse isso. Passamos dos tempos estranhos para a perseguição ultra oficial”, escreveu, em tom de terror. A exemplo do pai, Eduardo ainda mirou a “traição” de Sergio Moro (União-PR), que teve foto de mensagem no celular vazada sinalizando voto a favor de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Que o povo jamais esqueça que Lula, o PT e 47 senadores fizeram isso com o Brasil. Tudo isso com a anuência de boa parte da imprensa e de isentões. Que, na hora decisiva, contribuíram para este circo enquanto fingiam decência (a exemplo de seu maior representante, flagrado ontem neste comportamento deprimente)”, escreveu.
Aqueles que pensavam que estávamos vivendo uma turbulência passageira agora terão que acordar para a tensão permanente.
Não haverá espaço sequer para pontuais "críticas construtivas", seja você isentão ou esquerdista inclusive.
Conservador será tratado pior do que traficante,…
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) December 14, 2023
Por fim, Eduardo dobrou a aposta no terrorismo fascista usando a velha tática de criar pânico relacionando o “comunismo” com “valores cristãos”. “Da nossa parte, seguiremos lutando com todas as forças. E acreditando nos valores cristãos, que jamais serão derrotados pelo comunismo. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”.
Mais cedo, uma publicação divulgada nos Stories de Jair Bolsonaro e replica por Carlos Bolsonaro (PL) também mira o suposto voto de Moro pró Dino. No texto, Bolsonaro – ou o filho Carlos – cita o mesmo termo usado pelo ex-presidente em 2020, quando classificou como “fofoca” a acusação de interferência na PF.
“O fofoqueiro jogou uma pá de cal em todo seu movimento que sempre procurou enganar o Brasil. O único objetivo de seu grupelho sempre foi ludibriar a nação para se colocarem como a ‘direita permitida'”, diz, em letras garrafais, o texto, que coloca Moro no rol dos neocomunistas que abandonaram os fascismo bolsonarista. As informações são da Fórum.