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#Eleições2024: Tabata Amaral recebe doações milionárias de Faria Limers; veja lista

Tabata Amaral | FOTO: UOL |

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à prefeitura de São Paulo, teria recebido R$ 1,3 milhão em doações de empresários à tesouraria de seu partido para pré-campanha das eleições municipais de 2024. Tabata concorre contra Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).

Em jantares realizados nos meses de novembro e dezembro, investidores demonstraram entusiasmo com a possibilidade de candidatura de Tabata à prefeitura paulistana. Representantes de grandes nomes do mercado, sobretudo grupos poderosos na Faria Lima, anunciaram financiamentos de seis dígitos à campanha eleitoral.

Veja os valores:

Guilherme Leal, fundador da Natura: R$ 300 mil;
Cândido Bracher, ex-CEO do Itaú, R$ 300 mil;
Marcos Lederman, diretor principal da JointVest: R$ 250 mil;
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e fundador da Gávea Investimentos: R$ 100 mil;
Luís Stuhlberger, fundador da Verde Asset: R$ 100 mil;
Marcelo Medeiros, fudador da Lanx Capital e da Cambuhy Investimentos: R$ 100 mil;
Florian Bartunek, fudador da Constellation Investimentos: R$ 80 mil;
Roberto Pedote, presidente do Conselho Deliberativo da WWF Brasil: R$ 50 mil; e
Pérsio Árida, ex-presidente do Banco Central e do BNDES: R$ 50 mil.

Nas eleições de 2022, nas quais Tabata concorreu à Câmara dos Deputados, a deputada recebeu doações em um total acumulado de R$ 576 mil para sua campanha. O aporte financeiro foi oferecido por Leal, Bracher, Lederman, Armínio, Medeiros, Bartunek e Pedote.

Campanha eleitoral

Divulgada em 28 de outubro, a pesquisa do Instituto RBIS, encomendada pela Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras, apontou que Guilherme Boulos lidera a disputa pela prefeitura de São Paulo.

Boulos possui 23,1% das intenções de voto, seguido por Ricardo Salles (PL) com 15,4%, José Luiz Datena (PDT) com 13,6%, Ricardo Nunes com 11,6%, Tabata Amaral com 6% e Kim Kataguiri (União Brasil) com 4,6%. Votos brancos e nulos somam 25,7%.

Boulos e Salles lideram as preferências, porém também se destacam na rejeição. Os dois possuem 31,4% e 30,3% de rejeição do eleitorado, respectivamente.

A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em toda a cidade de São Paulo entre nos dias 17 e 18 de outubro. A margem de erro é de 2,2% e o índice de confiança de 95%. A pesquisa foi feita por telefone, via sistema de coleta automática.

Outras pesquisas

A primeira pesquisa Datafolha divulgou, em 31 de agosto, as intenções de voto para as eleições municipais de São Paulo. O Datafolha entrevistou 1.092 eleitores na cidade de São Paulo, entre os dias 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Confira as porcentagens:

Guilherme Boulos – 32%
Ricardo Nunes – 24%
Tabata Amaral – 11%
Kim Kataguiri – 8%
Vinicius Poit – 2%
Brancos – 18%
Nulos – 5%
Em 18 de julho, o Instituto Gerp divulgou sua primeira pesquisa de intenções de voto. A pesquisa do Instituto Gerp contou com 800 entrevistas feitas na capital paulista entre os dias 10 e 17 de julho. A margem de erro é de 3,54 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Confira as porcentagens:

Guilherme Boulos – 26%
Eduardo Bolsonaro – 18%
Ricardo Nunes – 6%
Tabata Amaral – 5%
Rodrigo Garcia – 3%
Kim Kataguiri – 2%
Fernando Holiday – 1%
Nenhum deles – 22%
Não sabe/não respondeu – 17%

Inclinação ao PSDB

Em setembro, o ex-presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em São Paulo, Fernando Alfredo, acusou seus opositores políticos na sigla de tentar traí-lo e apoiar a candidatura de Tabata Amaral.

Alfredo revela que Faria “vai ao menos 3 vezes por semana” no gabinete da deputada federal, e Xexéu vai “semanalmente” tentar persuadi-la a concorrer pelo PSDB. Ele diz que mudar de legenda seria benéfico para ela no cenário político paulistano.

Se ela migra para o PSDB, que é de centro e importante em São Paulo, pode ganhar força e prejudicar Ricardo Nunes.

De acordo com Alfredo, um grupo de políticos tucanos estaria tentando dar um golpe no diretório municipal: “Nenhum deles tem força no partido e nunca contribuíram em nada para a construção do PSDB. […] Tiveram todas oportunidades de participar dos processos internos de disputa no partido e não quiseram”, afirmou.

Ele se refere à Paulo Serra, prefeito de Santo André e líder da federação PSDB-Cidadania no estado, Xexéu Trípoli, vereador da capital, e Orlando Faria, ex-secretário municipal de Habitação. O trio tem aproximação política com Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul – que tem se alinhado com Vinholi.

“O único obstáculo para que o partido seja levado para a Tabata é o grupo em que estou”, indicou Alfredo, que é favorável à reeleição de Ricardo Nunes, em 2024. Segundo ele, sua posição não é individual, mas também da executiva municipal, dos diretórios zonais e de “quase todos os vereadores”. As informações são da Fórum.

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