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#Política: Após reclamação de Stédile, governo amplia raio de influência do MST

O líder do MST, João Pedro Stédile, e o presidente Lula: governo dá mais poder ao movimento | FOTO: Valter Campanato e Ricardo Stuckert/PR/Reprodução |

No final de dezembro, o líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou que 2023 foi o pior ano da história para o movimento. O avanço da reforma agrária, para ele, se mede por “ideias, conquistas políticas e sociais”, o que em sua avaliação não tinha ocorrido até o momento. Duas semanas após as críticas, o governo Lula decidiu ampliar a presença do
MST em órgãos consultivos federais.

A Secretaria-Geral da Presidência da República criou um grupo de trabalho com a finalidade de coordenar iniciativas para promover a participação social no G-20, no período em que o Brasil vai exercer a presidência do grupo, nos próximos 12 meses. O grupo reúne as 19 maiores economias do planeta mais a União Europeia e a União Africana, abrangendo dois terços da população mundial.

O governo escolheu sete representantes para compor o grupo, sendo um deles a secretária Nacional de Diálogos Sociais da Presidência, Kelli Mafort. Como mostrou VEJA, Kelli liderou como coordenadora nacional do MST, em 2016, a depredação da fazenda do coronel João Baptista de Lima Filho, amigo do então vice-presidente da República Michel Temer. Caberá a Kelli e aos outros seis membros formular políticas sociais para o G-20.

MST ganha assento em comitê do Ministério da Agricultura Em outra frente, o governo prestigiou os sem-terra ao nomear um de seus coordenadores para compor, na condição de suplente, o Comitê Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens do Ministério da Agricultura. O escolhido é o militante Gilvan dos Santos. A titular também representa os sem-terra, mas não é ligada diretamente ao MST.

Além de Kelli Mafort e de Gilvan dos Santos, o MST é dono de outros cargos importantes no governo Lula. Milton Fornazieri foi nomeado secretário de Abastecimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Alexandre Conceição ocupa o posto de assessor especial do MDA. Marina Viana assumiu a coordenação do MDA no Mato Grosso. Valdir Misnerovic tem o mesmo cargo em Goiás. E Ayala Ferreira, membro da direção nacional do movimento, foi indicada como representante do grupo no ‘Conselhão. As informações são do site Veja.

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