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#Vídeo: Vereador é indiciado por injúria racial após ofender parlamentar imitando macaco durante sessão

Vereador professor Lincon Albuquerque (lado esquerdo) e vereador Carlos Lopes Ribeiro, conhecido como Carlim Imperador (lado direito) Planaltina de Goiás | FOTO: Reprodução/Câmara Planaltina de Goiás |

O vereador Lincon Albuquerque (Cidadania) foi indiciado pela Polícia Civil por injúria racial contra um colega parlamentar que é negro. O caso aconteceu na cidade de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, durante uma sessão ordinária da Câmara Municipal. Um vídeo mostra quando o vereador faz sons de macaco para atrapalhar a fala de outro parlamentar.

O g1 tentou contato com o vereador Lincon Albuquerque, por meio de mensagens e ligações, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

O delegado José Antônio Machado Sena, responsável pelo caso, apontou, no relatório da investigação, que ficou comprovada a materialidade do delito e disse que há indícios suficientes de autoria para indiciar Lincon Albuquerque por injúria racial. O crime prevê pena de dois anos a cinco anos de reclusão e multa.

A reportagem tentou contato com a Câmara dos Vereadores de Planaltina de Goiás, por meio de e-mail e ligações, mas até a última atualização desta reportagem não houve nenhum retorno.

Entenda o caso
O caso aconteceu em novembro de 2023, durante a votação de um projeto de lei que prevê a criação de uma loteria municipal. O vídeo mostra quando Carlim Imperador (Solidariedade) tenta justificar seu voto contra a aprovação do projeto, mas acaba iniciando uma discussão acalorada entre os vereadores.

Durante a discussão, Lincon faz um sinal com a mão, dando a entender que o colega falava demais. O presidente da Câmara, Raimundo Good’s (UB), tentou apaziguar a situação. Após Lincon fazer a imitação de sons de macaco, todos vereadores presentes se calaram.

Carlim procurou a delegacia para denunciar Lincon por injúria racial. O vereador também usou as redes sociais para falar sobre o caso. Ele pediu que as pessoas tenham mais consciência sobre a violência deste tipo de crime, para que novas situações não aconteçam, especialmente durante o mês de novembro, em que é celebrado o dia da Consciência Negra.

“Não é a cor, não é a condição social, que vai diferir um cidadão. Somos todos iguais perante a lei. Estou extremamente constrangido e ofendido com o professor Lincon. Um vereador, um professor, não pode cometer uma barbárie como essa”, afirmou. Com informações do g1.

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