Os profissionais de educação da rede municipal de Palmeiras, localizada no Vale do Capão, organizaram uma nova manifestação na feira livre, em defesa do cumprimento da Lei 11.738/2008, que estabelece o Piso Nacional do Magistério, e pela melhoria da infraestrutura das escolas locais. Durante o protesto realizado no último sábado (27), também foi anunciada a continuidade da greve dos professores, que teve início no dia 18 de março.
No protesto, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB Palmeiras), profissionais de educação, pais e estudantes posicionaram-se contra as negligências da prefeitura de Palmeiras. Os manifestantes exigiram respostas sobre os direitos salariais dos professores e demandaram melhorias na estrutura das escolas, no transporte escolar e na qualidade da merenda, visando atender às necessidades dos alunos.
A manifestação ocorreu em resposta a um vídeo publicado na última quinta-feira (25), no qual o prefeito de Palmeiras, Ricardo Oliveira Guimarães, solicitou o encerramento da greve dos professores para evitar prejuízos maiores aos alunos e enfatizou que o cumprimento do piso salarial será efetuado após uma decisão judicial.
Os profissionais de educação contestam o pronunciamento do gestor municipal, questionando por que é necessário uma decisão judicial para o cumprimento de seus direitos salariais. Eles também solicitam que a prefeitura municipal divulgue à população os valores repassados ao município para serem aplicados na educação, incluindo o pagamento de seus salários.
Reivindicações
Em uma carta da APLB Sindicado dirigida à população, além de relatar a precariedade do transporte público e as estradas internas intransitáveis, que põem em risco a integridade física de crianças, jovens, motoristas e auxiliares na região, a comunidade escolar ainda destacou o estado de abandono da Escola Municipal de 1º de Caeté-Açu (Capão), com reformas nunca concluídas apesar das verbas no valor de quase R$ 360 mil destinadas para tal propósito.
A prefeitura de Palmeiras, por meio de uma nota publicada nas redes sociais, afirmou que está pagando integralmente o piso salarial dos professores, realizando melhorias nas escolas e no transporte escolar, e solicitou o retorno dos professores às atividades.
“A greve não possui qualquer respaldo, uma vez que as demandas dos professores já foram atendidas. Apelamos para o bom senso de todos os professores para que reconsiderem a paralisação e retornem às atividade o quanto antes”, diz um trecho da publicação.
Jornal da Chapada