A confirmação dada no desfile do 2 de Julho pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de que não vai participar da campanha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), como já vem ocorrendo na prática desde que a pré-candidatura foi lançada, em dezembro de 2023, irritou a cúpula emedebista na Bahia.
“Eu não vou conseguir ser tão engajado como fiquei em outras campanhas. Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá para ter presença aqui”, disse Rui à imprensa durante o cortejo da independência, na terça (2).
“É um direito de todo cidadão participar ou não das campanhas políticas. Agora, quando um político na ativa diz que não vai participar da campanha de um companheiro por falta de tempo, abre brecha para, no futuro, políticos e partidos dizerem que não terão tempo de participar da campanha desse político, no caso específico do ministro”, afirmou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), ao ser questionado sobre o assunto por este Política Livre.
Antes do desfile do 2 de Julho e da fala de Rui, Geddel havia divulgado nas redes sociais um desabafo sobre o constrangimento da esquerda em apoiar Geraldo Júnior. Ele afirmou ao site que o recado era para parte da militância de siglas como o PT e PCdoB.
“Em toda disputa há dissidências. O MDB foi vítima das dissidências em 2022, por exemplo, como aconteceu em Feira de Santana. Esse constrangimento aí é de parte dessa militância. Ficou claro, ontem, que o presidente Lula (PT) está com Geraldinho. Ele declarou isso publicamente, em entrevista à Rádio Sociedade”, ressaltou o ex-ministro. As informações são do site Política Livre.