Ex-funcionários da Morel, terceirizada que prestava serviços ao grupo Neonergia Coelba na construção de redes elétricas e faliu, ocuparam as ruas do CAB na manhã desta quarta-feira (24), a fim de protestar, mais uma vez, contra a demora no pagamento da rescisão contratual.
Eles recorreram à Justiça e conseguiram o bloqueio de R$ 14 milhões da Coelba, “mas a empresa se nega a assinar um acordo e trata a categoria com descaso”, afirma o presidente licenciado da UGT-BA e do Sindicato dos Condutores em Transporte Rodoviário de Cargas Próprias do Estado da Bahia (Sintracap-BA), Marcelo Carvalho.
Segundo o sindicalista, em 2023, os cerca de 400 funcionários da Morel moveram uma ação contra as duas empresas e conseguiram o bloqueio de R$ 14 milhões da Coelba, mas apenas R$ 1,8 milhão foi depositado. O protesto na manhã desta quarta-feira, de acordo com Marcelo Carvalho, “busca chamar a atenção da sociedade para o descaso de um grupo milionário que se nega a pagar os direitos dos trabalhadores, mas tem chances de renovação do contrato de fornecimento de energia com o governo do Estado, prometendo investimentos da ordem de mais de R$ 13 bilhões. É mais uma mentira”.
“O grupo Neonergia Coelba está promovendo um calote contra esses trabalhadores. São 400 pais de família passando necessidades, precisando de atenção e sensibilidade.É injusto demais a pessoa laborar durante mais de 20 anos de sua vida e ser tratada dessa forma. Já ganhamos a ação na Justiça, mas o grupo vem usando o tempo todo da argumentação jurídica, tentando protelar ao máximo o pagamento da rescisão, sendo que a Morel, a empresa que faliu, aceitou os termos do acordo”, completou Carvalho.