O prefeito de Alagoinhas, no Agreste baiano, Joaquim Neto (PSD), causou polêmica ao instituir o Dia Municipal da Consciência Humana. A data, que passa a fazer parte do calendário local, será comemorada no dia 10 de setembro. Nas redes sociais, o fato gerou discussão. Em vídeo nas redes sociais, a escritora e palestrante Bárbara Carine, que tem 487 mil seguidores, criticou o ato do prefeito.
“Todos os dias são de vocês, do protagonismo de vocês. Quem mais quer consciência humana é a comunidade negra, comunidade indígena. A gente sonha com isso”, disse Bárbara, que também é idealizadora da escola afro-brasileira Maria Felipa.
A lei que estabelece a nova data comemorativa de Alagoinhas teve também outra singularidade. Foi publicada no dia 25 de julho no Diário Oficial do Município, mesmo data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
“E sabe o que é pior? O prefeito é amostradinho. Ele assinou a lei no dia 25 de julho, veja só que desaforo. É isso aí. Vocês sabem que isso é pensado justamente como uma estratégia de depreciação, de contenção, de construção de um demérito da luta histórica e secular dos movimentos sociais negros organizados quando a gente pensa o Dia da Consciência Negra”, declarou.
— BN Municípios (@BNMunicipios) July 31, 2024
A prefeitura de Alagoinhas ainda não se manifestou sobre as críticas. Outras cidades baianas também já instituíram o Dia da Consciência Humana, casos de São Francisco do Conde e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). As informações são do site Bahia Notícias.