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#Política: Salvador possui apenas oito vereadoras; na Bahia, são 609 entre 4.615 eleitos

Vereadoras baianas | FOTO: Reprodução/Equipe M! |

As mulheres ainda são minoria entre os representantes nas câmaras municipais em todo o país. Aqui na Bahia, elas ocupam 609 cadeiras entre 4.615 vereadores eleitos nos 417 municípios. Na Câmara Municipal de Salvador (CMS), entre os 43 parlamentares, apenas oito são mulheres: Cátia Rodrigues (União Brasil), Cris Correia (PSDB), Débora Santana (PDT), Ireuda Silva (Republicanos), Laina (PSOL), Marcelle Moraes (União Brasil), Marta Rodrigues (PT) e Roberta Caires (PDT).

Segundo o último censo do IBGE, a população da Bahia possui 7,3 milhões de mulheres, o que corresponde a 51,6% do total. No entanto, ainda há pouca representatividade feminina na política, mesmo sendo também maioria entre o eleitorado baiano. De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), das 11,2 milhões de pessoas aptas a votar no Estado, 52,43% é do sexo feminino (5.915.845), enquanto 47,57 % (5.367.598) é gênero masculino.

No Brasil, as eleições para a escolha de representantes começaram ainda na época do Império. Entretanto, somente em 1932, as mulheres tiveram direito ao voto e passaram a disputar uma eleição. Para se ter uma ideia, Salvador, a cidade mais antiga e com a primeira Câmara Municipal do país, só teve a primeira vereadora eleita em 1952. A professora de matemática Laurentina Pugas teve dois mandatos, o primeiro pelo PSD e reeleita em 1956 pela extinta UDN (União Democrática Nacional).

Outra mulher importante na política soteropolitana foi Yolanda Pires (1929-2005). A esposa do ex-governador Waldir Pires (PT) foi a única vereadora eleita em 1992 em Salvador, mas a mais votada entre os 42 homens. Já a famosa artista plástica Eliana Kertész (1945 – 2017) foi a vereadora mais votada na história da Câmara Municipal de Salvador, inclusive, superando todos os homens já eleitos até hoje. A ex-esposa do radialista Mário Kertész (que também foi prefeito da capital por duas vezes na época) foi eleita em 1982, pelo antigo PMDB (atual MDB), com 17,3% dos votos válidos.

Entre 1936 e 2016, a CMS teve apenas 28 vereadoras eleitas. Desde 2022, o Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional nº 117 que obriga os partidos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanhas de candidaturas femininas, vale para o fundo eleitoral e para o dinheiro do fundo partidário direcionado às eleições. Mesmo assim, após 72 anos da primeira vereadora eleita na Casa, embora o cenário tenha melhorado, a desproporção entre o número de homens e mulheres ainda é alarmante. Atualmente, apenas 18,6% das 43 cadeiras da CMS são ocupadas por mulheres.

Bahia

De acordo com a União dos Vereadores da Bahia (UV-BA), dos 4.615 vereadores que representam os 417 municípios, apenas 609 são mulheres. Nas eleições de 2020, 91 cidades baianas não elegeram nenhuma mulher. Entre os 20 maiores colégios eleitorais da Bahia, oito têm apenas uma vereadora a cada dez parlamentares municipais: Feira de Santana, Camaçari, Vitória da Conquista, Jequié, Ilhéus, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus e Paulo Afonso. As informações são do site Muita Informação.

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