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#Eleições2024: PT de Nova Redenção repudia conduta misógina do pré-candidato a vice-prefeito da oposição contra a prefeita Guilma Soares

O presidente da Câmara Municipal Ariston Teles | FOTO: Divulgação |

A conduta machista e misógina do pré-candidato a vice-prefeito da oposição em Nova Redenção, Ariston Teles (MDB), foi discutida na Convenção da Vitória, que consolidou a pré-candidatura de Rodrigo Ribeiro a prefeito de Nova Redenção no último sábado (3).

Durante sua convenção, Ariston Teles proferiu um discurso considerado odioso e desconectado em relação à prefeita Guilma Soares (PT), repercutindo negativamente, especialmente entre as mulheres que atuam ativamente na política do município.

A conduta, amplamente condenada por lideranças femininas do PT de Nova Redenção durante a convenção do partido, gerou uma forte reação entre os membros do grupo político de Guilma Soares, levando o partido a emitir uma Nota de Repúdio ao preconceito contra mulheres na política.

O vereador é pré-candidato Vivaldo Ferreira da Silva, também diminuiu a participação da mulher, tentando humilhar a prefeita chamando de “muda e cega”.

Vale acrescentar que a deputada Ivana Bastos (PSD), parlamentar apoiada pelo grupo politico de Ariston Teles, lançou nota repudiando neste dia 6 de agosto, em um caso idêntico, ocorrido com a pré-candidata a prefeita do próprio PSD no município de Santa Luzia que, segundo a parlamentar, também sofreu misoginia.

“Estamos a repudiar a atitude misógina e fascista do pré-candidato que expôs nossa filiada a prefeita Guilma Soares. Nos tempos atuais, onde buscamos trazer de forma efetiva mais e mais mulheres para o cenário político do nosso país, aqui em Nova Redenção, vimos o retrocesso, o desespero bater na oposição, a ponto do discurso odioso como o que foi proferido pelo pré-candidato tentando diminuir a participação da mulher, tentando desqualificar no campo pessoal já que não está conseguindo no campo político, pois, não tem nada que desabone a conduta da prefeita Guilma Soares nesses quase 8 anos de mandato à frente do município. Tal conduta merece todo nosso repúdio e da nossa sociedade”, destaca Ivan Soares, presidente do PT no município.

Ivan Soares, que também atua como advogado, comunicou que está adotando todas as medidas legais pertinentes ao ocorrido, incluindo aquelas previstas pela legislação brasileira que recentemente incorporou a violência política contra a mulher. “Já estamos acionando os mecanismos de segurança pública e os instrumentos legais que criminalizem tais práticas contra a mulher”, completou o presidente dos Trabalhadores.

Em contato com a equipe do Jornal da Chapada, Rodrigo Ribeiro também expressou seu repúdio à atitude misógina de Ariston Teles em relação à prefeita Guilma Soares. “É lamentável que alguém que desrespeita o papel essencial das mulheres na política e se sente à vontade para expressar preconceitos não tenha tido a dignidade de vir a público e pedir desculpas pela sua atitude deplorável”, lamenta.

Preconceito de gênero na política
De acordo com o Art. 326 do Código Eleitoral, assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar uma candidata a cargo eletivo ou uma detentora de mandato eletivo, utilizando menosprezo ou discriminação em razão de sua condição de mulher, cor, raça ou etnia, com o objetivo de impedir ou dificultar sua campanha eleitoral ou o exercício de seu mandato, pode resultar em pena de 1 a 4 anos de prisão, além de multa.

Misoginia é o termo utilizado para descrever o preconceito e a aversão em relação às mulheres. Trata-se de uma forma de discriminação que se manifesta através de atitudes, comportamentos e discursos que desvalorizam, menosprezam ou hostilizam o feminino, refletindo uma crença na inferioridade das mulheres em relação aos homens.

A misoginia na política prejudica as mulheres ao criar um ambiente hostil e desigual, que limita sua participação e ascensão em cargos de liderança. Esse preconceito se manifesta em formas de assédio, discriminação e subvalorização das competências femininas, desincentivando a entrada e o avanço de mulheres na política.

Jornal da Chapada

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