Ícone do site Jornal da Chapada

#Chapada: Região chapadeira celebra suas tradições culturais com o curta-metragem “Ibejis”

Gravações de "Ibejis" | FOTO: Divulgação |

A Chapada Diamantina está em festa com a produção de “Ibejis”, curta-metragem dirigido pela jovem cineasta Kallyane Nery, de Seabra. Gravado entre os dias 1º e 5 de setembro de 2024 no povoado da Lagoa Seca, em Iraquara, o filme aborda, com sensibilidade e leveza, a importância de preservar e renovar as tradições culturais da região. A obra de ficção narra a história de Dona Menina, uma senhora que anualmente organiza o caruru em homenagem aos santos gêmeos Cosme e Damião, no sincretismo religioso.

“Ibejis” não apenas celebra o tradicional caruru, mas também ressalta a importância de transmitir a memória e os valores culturais da Chapada. Segundo a diretora Kallyane Nery, o curta é um convite à reflexão sobre a preservação dessas tradições que fazem parte da identidade local. “A narrativa trata sobre essa renovação da cultura; de mostrar, perpetuar nossa história, tradição e memória na forma de audiovisual”, afirmou.

O filme conta com uma equipe composta inteiramente por pessoas da Chapada, o que fortalece a conexão da produção com a comunidade. Desde a escolha do elenco, com destaque para a participação de D. Laurita, avó de Kallyane, até a equipe técnica, todos os envolvidos têm laços profundos com o território. Essa valorização do protagonismo local é um dos pilares da produção. “É um filme feito pelas pessoas da Chapada Diamantina para as pessoas da Chapada Diamantina”, enfatizou a diretora.

Kallyane Nery, que ingressou na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) para estudar Cinema e Audiovisual, decidiu retornar à sua terra natal em 2023, com o desejo de contribuir artisticamente com a cultura local. Foi nesse contexto que nasceu “Ibejis”, uma das produções contempladas pela Lei Paulo Gustavo Bahia, sendo o único curta de ficção da Chapada a receber esse incentivo em 2023.

Além de “Ibejis”, Kallyane também é autora do curta-metragem “Loci Loci”, escrito durante sua passagem por Cachoeira, reafirmando sua conexão com o cinema como uma ferramenta de preservação cultural e expressão artística.

Jornal da Chapada

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas