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#Chapada: Qualidade e tradição do café da região chapadeira garantem registro de Indicação Geográfica

Características ambientais, como altitude e temperatura, têm um impacto significativo na qualidade dos cafés da Chapada Diamantina | FOTO: Reprodução |

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) anunciou na edição de 15 de outubro de 2024 da Revista da Propriedade Industrial (RPI) o reconhecimento da primeira Denominação de Origem (DO) da Bahia, concedida à região da Chapada Diamantina pela produção de café. Com essa nova certificação, o Brasil atinge um total de 130 Indicações Geográficas (IG), incluindo 91 Indicações de Procedência (IPs) e 39 DOs, sendo 29 nacionais e 10 internacionais.

A documentação submetida ao INPI destaca que os fatores ambientais e culturais da Indicação Geográfica (IG) estão diretamente associados à qualidade singular do café produzido na Chapada Diamantina, região formada por 24 municípios no centro-sul da Bahia.

O estudo “Café da Chapada Diamantina, Bahia: qualidade da bebida e relações com o meio ambiente”, realizado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), aponta que o processo pós-colheita e o conhecimento tradicional dos produtores são fatores humanos cruciais para a qualidade do café. Na Chapada Diamantina, a colheita é predominantemente manual.

Cooperativas de Piatã se destacam na cafeicultura baiana | FOTO: Reprodução |

Além disso, o mesmo estudo da UESB identificou que características ambientais como altitude, temperatura e a posição das encostas onde o café é cultivado influenciam diretamente no sabor da bebida.

Já uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) revelou, por meio de análises químicas, que os cafés da Chapada Diamantina apresentam concentrações mais elevadas de ácidos orgânicos, clorogênicos e lipídeos, configurando um perfil químico distinto em relação a amostras de outras regiões da Bahia e do Brasil.

Técnicas tradicionais
Os aspectos humanos da produção de café na Chapada Diamantina também envolvem a adaptação de técnicas tradicionais, como a secagem em terreiros cobertos, que protegem o grão das intempéries sem comprometer a ventilação, graças às aberturas laterais. Essa prática local contribui diretamente para a qualidade superior do café produzido na região.

A combinação de fatores naturais e culturais resulta em um café com características notáveis: corpo intenso, doçura marcante, acidez cítrica equilibrada e notas sutis de nozes e chocolate, finalizando com um prolongado e agradável sabor residual. Jornal da Chapada com informações do portal Comida da Bahia.

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