Um episódio envolvendo uma escavadeira hidráulica afundada no Rio Cochó, que atravessa o centro de Seabra, tem causado repercussão negativa entre moradores e gerado preocupação sobre o planejamento e a transparência da gestão municipal. O equipamento, que realizava serviços de limpeza no rio, acabou parcialmente submerso, desencadeando uma série de críticas à prefeitura, além de alertas sobre o risco de desequilíbrio ambiental provocado pela intervenção inadequada no leito do rio.
Moradores locais denunciam que a máquina foi colocada no rio sem o devido cuidado, o que teria causado seu afundamento gradual. “Colocaram essa máquina dentro do rio, mas a cada minuto que passa, ela afunda mais. Agora querem fazer uma estrada para tentar retirá-la, o que pode ser considerado crime ambiental”, afirmou um morador que preferiu não se identificar.
Além do impacto ambiental, a população se mostra preocupada com os custos que a prefeitura terá que arcar para resolver o problema, incluindo o uso de guindastes, guinchos e outros maquinários pesados. “Seabra tem muitas estradas rurais precisando de manutenção, mas agora terão que gastar um valor alto por conta da falta de planejamento e da incompetência da gestão”, comentou outro morador.
A situação escancara a fragilidade no planejamento das ações ambientais e a falta de critérios técnicos nas intervenções realizadas pela gestão municipal. A tentativa mal executada de limpar o rio acabou provocando não apenas prejuízos financeiros, mas também levantando questionamentos sobre o cuidado com os recursos naturais e a responsabilidade ambiental por parte do poder público.

Tentativa de solução gera mais questionamentos
Na tentativa de remover a escavadeira, que não pôde ser retirada imediatamente, a gestão do prefeito Joaquim Inácio de Souza Neto, conhecido como Neto da Pousada (PCdoB), optou por construir uma estrada temporária para facilitar o acesso ao equipamento. Essa decisão, no entanto, também levantou questionamentos por parte da comunidade.
Outro ponto que tem gerado insatisfação entre os cidadãos é a suposta falta de transparência nos processos licitatórios da administração municipal. Recentemente, denúncias apontaram para contratações realizadas sem licitação, como a contratação do ‘Camarote Zero074’ para os festejos de São João, o que teria causado descontentamento popular.
Em resposta às denúncias, a prefeitura informou que o trabalho de desassoreamento do Rio Cochó foi iniciado no dia 23 de julho, com a retirada de resíduos e obstáculos que impediam o fluxo natural da água. O incidente com a escavadeira ocorreu durante essa limpeza, quando a máquina acabou deslizando e afundando no leito do rio.
No último domingo (27), a escavadeira foi finalmente retirada das águas do Rio Cochó. Segundo a gestão municipal, o equipamento será utilizado junto com outras máquinas para continuar a limpeza e retirada do cascalho, com o objetivo de restaurar o curso do rio ao seu estado normal. A expectativa é que a ação minimize os impactos causados e evite novos problemas ambientais na região. Jornal da Chapada com informações do portal A Tarde.















































