O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta segunda-feira (4) que o Executivo estadual atuará de forma integrada com o setor produtivo e o governo federal para enfrentar os efeitos do tarifaço imposto pelos EUA a produtos brasileiros. A declaração foi feita após reunião com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep, em Salvador.
Jerônimo reconheceu que parte dos produtos baianos foi excluída da lista de sobretaxas, mas afirmou que os setores mais impactantes para a economia do estado, como os pneus, o cacau e a petroquímica, não foram contemplados com isenção. “O que foi retirado não estava entre os produtos mais fortes da Bahia. Agora, nossa prioridade é retirar outros itens da lista e, se isso não for possível, negociar a redução das alíquotas”, disse.
De acordo com o governador, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, está à frente das negociações diplomáticas com o governo americano. Jerônimo disse que o governo da Bahia está preparando um documento com sugestões de incentivos, a exemplo do acesso a crédito e desonerações fiscais, para apoiar os setores atingidos. A proposta será entregue pessoalmente a Alckmin nesta terça-feira (6), durante agenda em Brasília.
Jerônimo destacou ainda que o impacto das tarifas é desproporcional sobre algumas cadeias produtivas, especialmente a indústria de pneus instalada no estado. Segundo ele, a competitividade do setor está comprometida tanto pela tarifa de 50% quanto pela concorrência com países que praticam dumping e não seguem as mesmas regras ambientais. “Enquanto a indústria nacional é obrigada a implementar a logística reversa, empresas de fora chegam aqui com pneus baratos, sem cumprir nenhuma obrigação”, criticou.
Além das articulações com o governo federal, Jerônimo informou que levará o tema ao Consórcio Nordeste, que terá reunião esta semana. O objetivo é construir uma pauta conjunta entre os estados da região para defender os interesses do Nordeste diante do impacto das medidas adotadas pelos EUA. “Não podemos agir isoladamente. O que atinge a Bahia atinge também outros estados. Vamos em bloco ao governo federal e queremos ser recebidos como região”.
Segundo o governador, o momento é de unir esforços entre governos e setor produtivo. “O braço do estado sozinho não é suficiente. Precisamos do apoio de Brasília e da atuação direta dos bancos públicos. Estamos fazendo nossa parte”, concluiu. As informações são do site Política Livre.














































