Morro do Chapéu, tradicionalmente conhecida por suas histórias envolvendo objetos voadores não identificados, vem se consolidando como um destino turístico de destaque na Chapada Diamantina. Ao lado de municípios como Mucugê e Lençóis, a cidade começa a ocupar um lugar de relevância não apenas pelo folclore local, mas pelo potencial econômico e cultural de suas vinícolas e atrativos naturais.
O território de 5,5 mil quilômetros quadrados apresenta uma diversidade impressionante de cenários naturais. Cachoeiras como a do Ferro Doido, do Agreste e do Ventura, combinadas com cavernas históricas, como a Gruta dos Brejões, com pinturas rupestres, formam um patrimônio que atrai turistas interessados em ecoturismo e arqueologia.
O interesse por ufologia permanece, mas hoje a cidade se destaca por um novo elemento: a vitivinicultura. A compreensão do potencial do cenário para o desenvolvimento de atividades econômicas e turísticas levou a prefeita Juliana Araújo (PDT) a implementar políticas simples e objetivas, transformando espaços e estimulando novas atrações. Um exemplo emblemático foi a instalação do disco voador construído pelo ufólogo Adolfo Réges na Praça do Cristal, como homenagem à história local.

O município já conta com cinco vinícolas em operação e outras cinco em implantação, demonstrando crescimento exponencial no setor. Com o apoio da prefeitura, foi criada a Rota dos Vinhos, reconhecida pela Secretaria de Turismo do Estado, que fortalece a identidade da cidade como polo vitivinícola e oferece experiência turística diferenciada.
“Estamos estudando fórmulas de incluir a agricultura familiar na produção de uvas e vinhos. Sem dúvida aqui tudo é a favor. Terras boas, não chove muito e isso permite fazer o que chamam de dupla poda, ou duas colheitas por ano”, destaca a prefeita Juliana Araújo.
O deputado estadual Pedro Tavares (União), amigo de Juliana, apresentou um projeto de lei que reconhece Morro do Chapéu como a Capital do Vinho, destacando que o título é justo e merecido diante do crescimento da atividade na região. Impressionado com o avanço do setor, o parlamentar resumiu sua visão em uma frase marcante: “É simplesmente fantástico. Até parece que se está criando um novo mundo”.

O reconhecimento do município se intensifica com prêmios nacionais. Vinícolas como Vaz, Reconvexo, Santa Maria e Sertânia conquistaram medalhas de ouro com rótulos como Ferro Doido Malbec e Reconvexo Reserva Syrah, superando mais de oito mil concorrentes. Estes resultados consolidam Morro do Chapéu como um polo de excelência na produção de vinhos.
Além da vitivinicultura, a cidade investe em outros produtos típicos, como queijos e óleos artesanais, ampliando sua atratividade turística. Diferente de destinos litorâneos, Morro do Chapéu oferece clima favorável o ano inteiro, permitindo que visitantes desfrutem das experiências turísticas em qualquer estação. Dessa forma, a cidade evolui de um local conhecido por histórias de ETs para um destino turístico completo, que combina cultura, gastronomia e natureza. Jornal da Chapada com informações da coluna de Levi Vasconcelos do Jornal A Tarde.














































