O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele, conforme informou boletim médico divulgado nesta quarta-feira (17). O diagnóstico foi confirmado após a realização de exames no Hospital DF Star, em Brasília, onde ele esteve internado nos últimos dias. Bolsonaro recebeu alta no início da tarde e retornou para casa, onde cumpre prisão domiciliar.
Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento do ex-presidente, Bolsonaro passou por um procedimento para a retirada de oito lesões na pele. O laudo confirmou que duas delas eram cancerígenas, localizadas no braço e no tórax, em uma área distante da cicatriz da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. O médico ressaltou que não há relação entre o câncer e o atentado.
O tipo identificado foi carcinoma de células escamosas, classificado como intermediário — não sendo o mais agressivo, mas também não considerado brando.
“Ainda assim, demanda atenção e acompanhamento periódico”, afirmou Birolini.
O médico explicou que não será necessário tratamento complementar, como quimioterapia ou radioterapia, uma vez que as lesões foram totalmente removidas durante o procedimento cirúrgico.
A suspeita de alterações na pele surgiu em abril deste ano, quando Bolsonaro esteve internado para tratar problemas no sistema digestivo. De acordo com Birolini, por ter pele clara, o ex-presidente apresenta manchas e marcas que levantaram a hipótese de câncer de pele, posteriormente confirmada pelos exames.
Apesar do diagnóstico, a ida ao hospital nesta semana não teve relação direta com a doença. Bolsonaro procurou atendimento após apresentar crises de soluço e vômito, que resultaram em desidratação, queda de pressão e episódios de tontura.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, relatou que o pai chegou a ficar cerca de dez segundos sem respirar durante uma das crises. Durante a internação, Bolsonaro realizou ressonância magnética no cérebro, que não apresentou alterações.
Jornal da Chapada

