O Ministério da Saúde anunciou a incorporação da prostatectomia radical assistida por robô no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado ou localmente avançado. A medida foi oficializada por meio de portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Sectics).
A prostatectomia radical é uma cirurgia de caráter curativo que remove a próstata e as vesículas seminais, podendo incluir também a retirada de linfonodos pélvicos, a depender do caso. O objetivo é eliminar o tumor e reduzir o risco de recorrência da doença.
Segundo a portaria, o prazo máximo para que o procedimento esteja disponível na rede pública é de 180 dias. A oferta contará com protocolos definidos e relatórios de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que aprovou o uso da técnica robótica após parecer final.
Especialistas destacam avanços
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Rodrigo Nascimento Pinheiro, a decisão representa um avanço importante no tratamento oncológico.
“Reconhecemos que há um esforço por parte da equipe técnica em promover equidade no tratamento e assegurar que mais pacientes possam se beneficiar dos melhores cuidados disponíveis”, afirmou.
Pinheiro ressaltou que os próximos passos incluem a definição de protocolos clínicos, centros de referência e treinamento das equipes médicas, garantindo segurança e qualidade dos procedimentos. Ele destacou ainda que a técnica robótica favorece a formação de novos profissionais, pois possibilita treinamentos em ambientes controlados e supervisionados, reduzindo a curva de aprendizado.
Jornal da Chapada














































