Apenas 12 dos 417 municípios da Bahia possuem restaurante popular mantido pela gestão municipal, segundo o Suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (7). O número representa apenas 2,9% do total de cidades baianas.
Cidades com restaurantes populares
No total, o estado soma 22 restaurantes populares, sendo que 18 servem apenas uma refeição por dia. As cidades que oferecem o serviço são: Alagoinhas, Brumado, Dom Basílio, Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Ribeira do Amparo, Salvador, São Félix do Coribe e Vitória da Conquista.
A proporção baiana está abaixo da média nacional (3,8%), o que coloca a Bahia na 14ª posição entre os estados. Maranhão (14,7%), Rio de Janeiro (12%) e Amazonas (9,7%) lideram o ranking.
Cozinhas comunitárias ainda mais raras
O levantamento mostra que apenas nove municípios baianos (2,2%) mantêm cozinhas comunitárias — 11 unidades no total, sendo que só cinco delas servem três ou mais refeições por dia.
Os municípios que possuem o serviço são Biritinga, Lauro de Freitas, Malhada de Pedras, Maraú, Nova Canaã, Nova Redenção, Paulo Afonso, Santa Inês e Santo Estêvão.
A Bahia também ficou abaixo da média nacional (5,1%), ocupando a 13ª posição. Pernambuco (67,6%), Ceará (19%) e Alagoas (6,9%) estão no topo.
Apenas 16 cidades têm Banco de Alimentos
Segundo o IBGE, 16 municípios baianos (3,8%) possuem Banco de Alimentos sob responsabilidade das prefeituras. Entre eles estão Belo Campo, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Camaçari, Carinhanha, Cocos, Ibotirama, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paratinga, Paulo Afonso, Piatã, Salvador, Serra do Ramalho, Sítio do Mato e Teixeira de Freitas.
A proporção baiana é ligeiramente menor que a nacional (4,1%), mas o estado ocupa a 9ª colocação. Minas Gerais (10,1%), São Paulo (8,5%) e Ceará (7,3%) lideram o ranking.
Mercados públicos são destaque na Bahia
Apesar da baixa cobertura em programas alimentares, a Bahia se destaca na gestão de mercados públicos municipais: 213 cidades (51,1%) têm o serviço, somando 345 mercados, dos quais 327 (94,8%) são administrados diretamente pelas prefeituras.
O índice supera a média nacional (29,2%), mas ainda coloca o estado na 12ª posição. Acre (77,3%), Amazonas (74,2%) e Ceará (73,9%) ocupam as primeiras colocações.
Sacolões públicos são exceção
Por fim, apenas Paulo Afonso conta com um sacolão ou quitanda pública mantida em parceria entre o poder municipal e entidades privadas.
No país, apenas 27 cidades possuem esse tipo de equipamento. Na Bahia, dez municípios abrigam sacolões privados.
Jornal da Chapada

