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#Chapada: Machu Picchu baiana preserva história do garimpo e se firma como destino de ecoturismo na região chapadeira

Vista panorâmica da Vila de Igatu, vendo-se em primeiro plano as famosas casas de pedra do lugar, na beira do penhasco | FOTO: Reprodução/Diamante da Chapada |

A vila de Igatu, pequena e repleta de charme, é um dos tesouros mais bem guardados da Chapada Diamantina. Conhecida como a “Machu Picchu baiana”, o vilarejo impressiona por suas construções de pedra do século 19, herança viva de um período marcado pela extração de diamantes que movimentou a economia da região por décadas.

Originalmente chamada de Xique-Xique de Igatu, a vila chegou a abrigar cerca de dez mil habitantes no auge do garimpo. Hoje, com aproximadamente 380 moradores, muitos descendentes diretos dos antigos garimpeiros, o local mantém viva a memória dessa época. As casas de pedra, erguidas com materiais retirados das próprias montanhas, resistiram ao tempo. Muitas delas foram restauradas e transformadas em pousadas acolhedoras, ateliês de arte e pequenos restaurantes que preservam a estética rústica e o espírito da comunidade.

O passado permanece presente nas ruínas e nos túneis antigos, onde ainda podem ser vistos instrumentos, marcas e vestígios da mineração. Esses espaços ajudam a contar a história do garimpo e fazem de Igatu um destino singular.

Com o avanço do ecoturismo e a valorização de experiências autênticas, Igatu vive um novo ciclo. Inserida no roteiro da Chapada Diamantina, a vila combina beleza cênica, arquitetura histórica e natureza preservada, atraindo visitantes em busca de tranquilidade, cultura e aventura. Trilhas deslumbrantes cercam o vilarejo, incluindo o caminho para a Cachoeira do Ramalho, uma das mais procuradas da região.

Guias locais desempenham papel essencial: além de conduzir os visitantes por trilhas e túneis, ajudam a revelar curiosidades, histórias e tradições que enriquecem a experiência. O turismo sustentável é prioridade — e garante que a economia local se fortaleça enquanto o vilarejo preserva suas riquezas naturais e culturais.

Assim, Igatu se consolida como um destino em ascensão e um encantamento à parte dentro da Chapada Diamantina, onde cada pedra conta um pedaço da história do Brasil.

Jornal da Chapada

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