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#Chapada: Câmara de Ruy Barbosa adia análise do caso Lene de Mira e enfrenta novo desgaste político

Lene de Mira é acusada de acumulação ilícita de cargos públicos e quebra de decoro parlamentar | FOTO: Reprodução |

A decisão de adiar a sessão extraordinária que votaria o pedido de cassação da vereadora Lene de Mira (MDB), na manhã desta quinta-feira (4), reacendeu a desconfiança da população de Ruy Barbosa quanto ao funcionamento da Câmara Municipal. O anúncio, feito sem explicações claras, gerou questionamentos sobre os motivos reais da suspensão e abriu espaço para dúvidas sobre a condução política da Casa justamente no momento em que seria analisado o Processo Político-Administrativo nº 002/2025, que apura suposta acumulação ilícita de cargos públicos e quebra de decoro parlamentar.

Entre moradores e políticos locais, passaram a circular diferentes versões sobre as razões do adiamento. Uma delas aponta o receio de que uma nova decisão judicial pudesse interferir diretamente no resultado. Outro fator amplamente comentado foi o impacto da queda do veto que impedia o vereador Ney Marques Dias (PSB) de votar no processo.

Vale lembrar que um ato administrativo aprovado pela Câmara Municipal em 1º de dezembro de 2025 havia declarado o impedimento de Ney Dias de atuar no julgamento. No entanto, a Justiça concedeu uma decisão liminar assegurando ao vereador o direito de participar da sessão, alterando o cenário político e jurídico horas antes da votação. Para boa parte da população, o adiamento da sessão reforça a percepção de tentativas de contornar decisões judiciais e fragilizar o processo democrático.

O clima político local também tem contribuído para o desgaste da Câmara Municipal. A atuação de alguns vereadores, marcada por disputas internas e confrontos que extrapolam o debate público, tem sido apontada como um dos principais fatores que alimentam a instabilidade institucional.

Em vez de concentrar esforços em projetos e pautas de interesse coletivo, o Legislativo volta a ser percebido como um espaço dominado por manobras, disputas e tensionamentos. Essa postura tem afastado a instituição de suas responsabilidades essenciais e ampliado a insatisfação da população com a condução política da Casa.

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