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#Chapada: Comunidade Payayá brilha na 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar em Salvador

Produção Payayá chega à feira com sabores da Chapada Diamantina | FOTO: Divulgação/Ascom CAR |

A Comunidade Indígena Payayá, da cidade de Utinga, na Chapada Diamantina, será um dos principais destaques da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece entre os dias 10 e 14 de dezembro de 2025, no Parque Costa Azul, em Salvador. Reunindo tradição, cultura e a força da produção rural de diferentes territórios da Bahia, o evento deve atrair milhares de visitantes.

A Agroindústria Familiar Payayá levará ao público uma variedade de produtos artesanais preparados sem aditivos químicos, com base em frutos nativos e matérias-primas cultivadas no próprio território. Entre os produtos expostos estarão doces tradicionais, geleias, compotas, ervas, bebidas naturais e itens ligados à caprinocultura, como o doce de leite de cabra cremoso, ambrosia, queijo artesanal e doces em pedaços — todos elaborados respeitando os saberes ancestrais do povo indígena.

Segundo Otto Payayá, representante da etnia e guardião dos saberes tradicionais, a produção envolve todo o território e mantém relação direta com a espiritualidade da comunidade. “Estamos preparando produtos artesanais elaborados pelas mulheres da comunidade, feitos a partir de frutos coletados pelas famílias Payayá. Esses frutos nativos são cuidadosamente selecionados e transformados em uma variedade de produtos que serão comercializados e apresentados na Feira”, destaca.

O evento também dará espaço para a riqueza da cultura indígena e quilombola na Bahia. Nas Tendas Indígena e Quilombola, o público poderá adquirir uma ampla diversidade de artesanatos, como cestarias, cerâmicas, tapetes, biojoias, roupas identitárias e acessórios diversos. Haverá ainda instrumentos musicais, cocares, ervas medicinais, bebidas tradicionais e produtos naturais produzidos de forma sustentável por comunidades de várias regiões do estado.

Na Tenda Quilombola, um dos destaques será a produção de biojoias a partir do coco da piaçava, fruto do extrativismo sustentável. A artesã Leonildes dos Anjos, conhecida como Bilu, da Associação Beneficente de Pesca e Agricultura de Ituberá (ABPAGI), reforça o valor cultural das peças: “Nossas peças são mais do que adornos, são a manifestação viva da nossa história e tradição, herdadas dos nossos ancestrais. Cada peça é um fragmento da nossa identidade e um convite à conexão com a força da cultura quilombola”, afirma.

Organizada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a UNICAFES Bahia, a feira reunirá mais de seis mil produtos oriundos dos 27 Territórios de Identidade da Bahia. A programação inclui duas grandes praças gastronômicas, Tenda de Artesanato, a 3ª Feira Agroecológica da Bahia e diversas atrações culturais.

Jornal da Chapada

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