Durante agenda oficial em Salvador nesta segunda-feira (15), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), comentou o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República e aproveitou para provocar o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre qual será sua posição nas eleições de 2026. As declarações reforçam o clima de antecipação do debate eleitoral tanto no cenário nacional quanto no baiano.
Ao falar sobre a definição de nomes para a disputa presidencial, Rui Costa afirmou que cada campo político deve assumir suas próprias escolhas, sem interferir no adversário. Para o ministro, a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro representa uma opção mais clara da direita brasileira e deve obrigar setores da oposição a deixarem posições ambíguas.
Segundo Rui, a definição do nome bolsonarista tende a expor o posicionamento político de lideranças que, até agora, evitavam se comprometer publicamente. A fala foi interpretada como um recado direto a ACM Neto, principal nome da oposição ao PT na Bahia, cujo partido, o União Brasil, lançou a pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em abril deste ano, durante evento realizado em Salvador.
O ministro também criticou a postura de integrantes da oposição baiana diante de episódios envolvendo a família Bolsonaro. De acordo com Rui Costa, houve silêncio estratégico por parte de adversários políticos, que, segundo ele, apostavam no fracasso do atual governo federal para capitalizar politicamente.
Ao projetar o cenário de 2026, Rui Costa defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará fortalecido para disputar um eventual quarto mandato. Ele destacou indicadores econômicos e sociais positivos, como a redução da inflação da cesta básica, a geração de empregos, a retomada de programas habitacionais e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco mil reais.
As declarações do ministro reforçam que, mesmo a mais de um ano do início oficial da campanha, o debate eleitoral já ocupa espaço central na agenda política e tende a se intensificar nos próximos meses, especialmente na Bahia, estado estratégico nas disputas presidenciais.
Jornal da Chapada


















































