O concurso para estágio no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi anulado após a confusão por falta de salas ocorrida no domingo (17), em Salvador. De acordo com a assessoria do órgão, nesta segunda-feira (18) o TJ-BA decidiu anular o concurso. As provas foram suspensas na Escola de Engenharia Eletromecânica, em Salvador, após a confusão por falta de salas neste domingo (17). Em nota enviada à imprensa, a assessoria do órgão informou que as provas não foram realizadas e o concurso foi suspenso neste local. Segundo o TJ-BA, não foi providenciado pela empresa Metrópole, responsável pelo concurso, o número suficiente de salas para a alocação dos estudantes. Ainda segundo o TJ-BA, os fatos serão apurados no menor espaço de tempo possível e as providências cabíveis serão tomadas. Nas cidades de Barreiras, Juazeiro, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Ilhéus, Vitória da Conquista e Feira de Santana, as provas foram aplicadas normalmente, assim como no Centro Universitário Estácio de Sá (FIB), em Salvador.
Confusão
As provas do concurso para estágio no TJ-BA, em Salvador, que estavam previstas para começar às 14h deste domingo, não foram realizadas por causa da falta de salas. De acordo com Fabiana Dantas, estudante de direito, a empresa organizadora do concurso mudou o local da prova para a Escola de Engenharia Eletromecânica, em Nazaré, sem aviso prévio. Segundo ela, a instituição não possui salas suficientes para que todos os alunos fizessem as provas e cerca de 200 candidatos foram prejudicados. Anteriomente, conforme consta no site da organizadora do concurso, a prova seria realizada em dois locais, no Centro Universitário Estácio de Sá (FIB), que fica no bairro do Stiep, e no IFBA, no Barbalho.
Porém, segundo informou o estudante de direito Roger Stilman Silva, os candidatos do ensino médio, que fariam prova no IFBA, e alguns candidatos do nível superior foram realocados, sem aviso prévio, para a Escola de Engenharia Eletromecânica, o que teria gerado o conflito, pois não há salas suficientes para todos os candidatos. “Cheguei às 12h30 e abriram os portões às 13h. Desde que cheguei que não existiam placas indicativas de salas. Todo o pessoal teve que entrar por conta própria em cada sala. Muitas pessoas perdidas nos corredores e sem saber onde cada sala estava. Depois percebemos que faltavam muitas salas. Salas as quais tinham no nosso comprovante de inscrição. Mais de 10 salas não existem na escola e foi isso que gerou toda a confusão”, relatou Roger Stilman Silva.
Já no Centro Universitário Estácio de Sá (FIB), as provas foram realizadas, mas alguns alunos se queixaram também da falta de organização do concurso. “Viemos fazer a prova e está tudo muito desorganizado. Muitos candidatos nem sabiam em que sala iriam fazer a prova. Eu paguei e consta como se eu não tivesse pago. A dona da empresa organizadora levou a gente [uns 70, 80 alunos] para fazer a prova em outra sala e mandou tirar uma xerox da prova porque não tinha material suficiente. Isso é um absurdo. Esse concurso tem que ser cancelado. Tem um pessoal fazendo prova com xerox. Eu e mais dois alunos nos recusamos a fazer a prova”, relatou o estudante de direito Adriano Figueiredo.
O Tribunal de Justiça reconheceu que a empresa Metrópole Soluções Empresariais, contratada para organizar o concurso, não providenciou salas suficiente para todos os candidatos na Escola de Engenharia Eletro Eletrônica da Bahia, em Nazaré, e que por isso as provas não foram realizadas no local. Quanto aos fatos relatados na outra unidade, o Tribunal de Justiça disse que vai apurar. Ainda segundo o TJ, a metrópole foi escolhida para organizar o concurso através de licitação, e preencheu todos os requisitos necessários. Extraído do Portal G1.