O discurso de que o PSB deixou o governo Wagner em prol de projeto próprio, porém sem rompimento com o PT, perdeu toda força ontem e evidencia que a largada da pré-candidatura da senadora Lídice da Mata foi dada e dissociada dos ex-aliados. Com um discurso para lá de firme, a senadora criticou pela primeira vez o projeto ao qual fazia parte e de forma clara garantiu que por este motivo não vai adotar um discurso auxiliar ao Partido dos Trabalhadores durante a campanha. Para ela, “o modelo de gestão de Wagner se esgotou e as pessoas não querem um retorno ao passado”. A mudança do tom se deu após a crítica ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), publicada no site oficial do PT.
Num claro recado, ela disparou que: “O modelo de gestão se esgota num determinado momento e é preciso construir novo e isso não aocntece apontando o dedo. Felizmente, a cabeça do eleitor está mudando muito e quer alguém que apresente coisas que ele possa acreditar e eu acredito nisso”. Mais além, disse que sempre teve independência como liderança política na cidade e no estado e que nunca foi PT.
“Eu fui prefeita de Salvador e o PT me apoiou pela metade, se dividiu na época e uma parte apoiou com apoio crítico, rompeu comigo dentro do governo, teve uma candidatura que bateu na minha gestão mais do que a candidatura do PFL, à época”, disse em entrevista a Rádio Metrópole. “Me aliei ao PT para acabar com a hegemonia do carlismo no nosso estado e isso passou. Agora nós temos novos desafios, como a construção de uma Bahia moderna, desenvolvida”. Extraído da Tribuna da Bahia.