O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta semana que o partido lançará a pré-candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 10 de fevereiro, dia em que a sigla comemora 34 anos. “Nossa proposta é transformar o dia 10 de fevereiro, que é o aniversário do PT, numa cadeia nacional para marcar o início da campanha da presidente Dilma e o início do nosso engajamento, do nosso apelo para as mobilizações sociais”, afirmou. O lançamento oficial da campanha, porém, só poderá ser feito a partir de julho, com as convenções oficiais dos partidos.
Segundo o dirigente petista, haverá um ato político em São Paulo, com a participação do ex-presidente Lula, para conclamar Dilma candidata. O convite oficial à presidente será feito por Falcão no fim desta semana. “Nossa ideia é que ambos [Lula e Dilma] ou um dos dois esteja no ato em São Paulo”, disse o petista. Ainda de acordo com o presidente do partido, os diretórios regionais devem fazer eventos que marquem as comemorações pelo aniversário da sigla e o início da pré-campanha presidencial entre os dias 7 e 10 de fevereiro, que vão desde jantares e reuniões até bandeiraços.
Outro esforço para promover a pré-candidatura da presidente será em relação aos programas de rádio e TV do partido, que vão ao ar nos Estados do final de fevereiro a abril. O objetivo é gravar peças personalizadas em cada região, com a participação de Dilma e Lula. O plano será traçado em reunião nesta terça-feira com a participação de todos os secretários estaduais de comunicação do PT.
Rui Falcão participou nesta segunda da primeira reunião do ano com os novos integrantes da Executiva Nacional do PT, na sede do partido na capital paulista. Em nota oficial, o PT afirma que o “objetivo inarrável” é a reeleição da presidente e que seu segundo mandato deve ter “novas e maiores conquistas para o povo brasileiro”. No texto, os dirigentes do partido pedem para “estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular”, além da ampliação das alianças e da apresentação de um programa “capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudança da população”.
“Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais”, diz o texto. A avaliação interna do partido é que o governo federal, principalmente com a presidente Dilma, está cada vez mais distante dos movimentos populares e sindicais, que foram base para a fundação do PT. Além disso, dizem petistas, o partido ficou de fora da articulação dos protestos de junho, não conseguiu se apropriar do movimento e precisa dar uma resposta mais objetiva para o eleitor e a população. As informações são da Folha OnLine.