Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (18) aponta que, se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) seria a primeira colocada entre os pré-candidatos. O levantamento apontou que ela obteria 43,7% das intenções de votos, contra 17% de Aécio Neves (PSDB) e 9,9% de Eduardo Campos (PSB). Num outro cenário, quando Eduardo Campos é substituído por Marina Silva (PSB), o quadro seria o seguinte: Dilma ainda lideraria, com 40,7%, seguida de Marina, com 20,6%, de Aécio Neves, com 15,1% e Levy Fidelix (PRTB), com 0,4%.
Quando o eleitor é perguntado sobre em qual candidato pretende votar para presidente, de forma espontânea, Dilma ainda é a mais lembrada, com 21,3%, seguida de Lula (5,6%), que tem o mesmo percentual de Aécio. Marina Silva aparece em quarto na lembrança do eleitorado, com 3,5%, Eduardo Campos teria 2,6%, José Serra (PSDB), 0,5% e Geraldo Alckmin (PSDB), 0,4%.
Avaliação de governo
Apesar de Dilma liderar em todos os cenários, o índice de rejeição dela é elevado. Quando questionado em quem não votaria de jeito nenhum, 37,3% disseram que não escolheriam a petista. É o maior índice negativo entre os pré-candidatos. Para 36%, Aécio Neves não seria o escolhido; Eduardo Campos seria descartado por 33,9%, e Marina Silva por 35,5%.
O levantamento também pesquisou a avaliação do governo. Para 36,4%, a administração da presidente Dilma é positiva; 34,8% avaliam que ela faz um mau governo. É o segundo pior índice atingido por Dilma. A pior avaliação se deu em julho do ano passado, quando as manifestações populares tomaram as ruas para protestar. Na ocasião, apenas 31,3% fizeram uma boa avaliação da gestão Dilma.
Os eleitores estão com mais pessimistas em relação ao custo de vida. Para 77,2% há um sentimento de que o custo de vida aumentou nos últimos 12 meses. A expectativa para este ano também não é nada otimista: 71,8% acreditam que o custo aumentará. A pesquisa apurou ainda que 46,1% conhecem alguém que recebe Bolsa Família, mas 41,3% não recebem e nem conhecem ninguém incluído no programa.
Ao ser perguntado se aceitaria uma oferta de emprego, mesmo que isso implicasse na perda do benefício, a grande maioria se manifestou positivamente: 74,7%; somente 19,7% disseram que preferiam ficar com o Bolsa Família. A pesquisa com registro BR 00012/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouviu 2.002 eleitores entre os dias 9 e 14 de fevereiro, em 137 municípios de 24 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Extraído na íntegra do jornal O Globo.