Coceira nos olhos, inchaço, vermelhidão, ardência e secreção são os principais sintomas da conjuntivite, doença caracterizada por uma inflamação da conjuntiva, membrana fina e transparente que envolve o globo ocular ou “o branco dos olhos”. A conjuntivite pode ser resultado de infecção por bactérias, vírus ou mesmo por reações alérgicas. Após o Carnaval é comum os surtos de conjuntivite já que a folia reúne todas as condições necessárias para o contágio. Segundo o oftalmologista, Vespasiano Santos, responsável pelo serviço de oftalmologia do Centro Médico do Hospital Espanhol, a melhor forma de prevenir a conjuntivite é evitar o contato das mãos com os olhos e nunca coçá-los.
Em média, a conjuntivite dura de cinco dias a uma semana, podendo em alguns casos mais graves chegar a 15 dias ou mais. Para aliviar os sintomas e o desconforto, o especialista recomenda fazer compressas com soro fisiológico ou água filtrada gelada e sempre com produtos descartáveis. “Toalha ou panos são desaconselhados, pois a reutilização do material contaminado prejudica na recuperação. É importante que a aplicação de cada compressa seja feita com material higiênico descartável, como gaze, lenço de papel ou algodão”, alerta o médico Vespasiano Santos. A água para a compressa deve estar fria, já que o frio ajuda a desinflamar os olhos.
“Não coçar, não fazer uso de medicamentos caseiros nem de automedicação”, são algumas recomendações do especialista para quem contraiu conjuntivite. A indicação do tratamento depende do tipo de conjuntivite e do agente causador. O uso de um colírio sem a orientação médica adequada pode piorar o quadro da doença. “Se for conjuntivite viral, por exemplo, e o paciente usar um colírio com corticoide, ao invés de ajudar na recuperação a inflamação pode piorar, pois esse tipo de medicamento é uma espécie de alimento para os vírus”, explica Vespasiano. O uso de chás caseiros, colírio sem prescrição médica e água boricada pode causar mais irritação nos olhos e piorar a inflamação, acrescenta o médico.
Não compartilhar toalhas de rosto, sabonete, maquiagem e outros objetos de uso pessoal também é outra medida importante de prevenção. Outra recomendação para não transmitir a conjuntivite é evitar apertar as mãos de outras pessoas na fase aguda e contagiosa da doença. “Ao notar qualquer alteração na visão, é importante procurar seu oftalmologista”, aconselha o especialista.