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Copa 2014: Chile vence no Maracanã e manda Espanha de volta pra casa

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Chile vence no Maracanã e Espanha volta para casa | FOTO: Manu Fernandez/AP/ABr |

O toque de bola paciente, frio e meticuloso, que levou a Espanha à vitória na Copa do Mundo passada, não assusta nem surpreende mais os adversários. O time do técnico Vicente del Bosque desabou, nesta quarta (18), no Maracanã, diante de um Chile que correu, suou e acreditou ser possível mandar os campeões mundiais – e todo o estilo que eles representavam – para casa antes do previsto. No final, 2 x 0 para os sul-americanos que, de quebra, garantiram a classificação para as oitavas de final. Sem chances de classificação, os europeus vão cumprir tabela contra os australianos, também já eliminados, na última rodada da primeira fase.

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O Chile não se intimidou com a campeã do mundo e, empurrado pela torcida, buscou o ataque já no primeiro lance. Logo aos 40 segundos de jogo, entrou com perigo na área espanhola. Por uma questão de centímetros a bola não entrou no canto direito de Casillas, depois de uma bola chutada por Vargas e desviada na defesa. Foi o primeiro lance que fez a massa chilena se levantar no Maracanã pela primeira vez de muitas que ainda viriam.

A Espanha, no entanto, conseguiu controlar a correria que o adversário prometia fazer e passou a ter mais posse de bola, sempre utilizando a habilidade de seus homens de frente. Mas a defesa chilena demonstrou solidez durante todo o jogo. O famoso toque de bola espanhol – o “tiki-taka” – já não é mais tão mortal assim. Explorando os contra-ataques, o Chile voltou à área de Casillas novamente aos 18 minutos e, dessa vez, foi fatal. Uma rápida troca de passes deixou Vargas na frente do goleiro espanhol. O chileno driblou Casillas e bateu para o gol. Um a zero e o Maracanã explodiu, em uma celebração digna de final de campeonato.

Aos 26 minutos, a Espanha chegou com perigo após roubada de bola. Diego Costa bateu para o gol, mas a bola apenas balançou a rede do lado de fora. Muitos chilenos se assustaram com a breve ilusão de terem sofrido um gol. Graças ao bom sistema defensivo chileno, seriam momentos raros na partida. O ritmo do jogo se manteve igual. A Espanha tomando a iniciativa, tocando muito a bola, mas sem conseguir chegar nenhuma vez com perigo ao gol de Bravo. Os chilenos conseguiram trabalhar muito bem na defesa. E os contra-ataques foram mais perigosos.

Em um desses ataques, já nos últimos minutos do primeiro tempo, Sánchez sofreu falta perto da área. Ele mesmo cobrou e Casillas espalmou para frente. A bola sobrou para Aránguiz, que chutou para o fundo do gol, fazendo 2 x 0 e deixando seu país ainda mais perto da classificação. A Espanha continuou tentando chegar ao gol chileno no segundo tempo mas, a exemplo dos primeiros 45 minutos, faltava eficiência e sorte. Aos três minutos, Iniesta deixou Diego Costa na cara do gol, mas ele foi desarmado no último segundo pela defesa. Aos sete minutos, Busquets perdeu um gol debaixo da trave. Tudo indicava que não eram os espanhóis, que conquistaram a Copa do Mundo de 2010.

Aos 22 minutos, quase o terceiro gol do chile. Após chute cruzado, Isla não conseguiu aproveitar e, de frente para o gol, mas desequilibrado, mandou por cima do travessão. Os poucos segundos de contra-ataque chileno eram mais perigosos do que os vários minutos de posse de bola dos europeus. Aos 34, Cazorla arriscou de fora da área e a bola passou perto do gol de Bravo. E o camisa 1 chileno finalmente foi exigido aos 38 minutos, ao fazer uma bela defesa após um chute de Iniesta. As tentativas dos atuais campeões, no entanto, não eram suficiente para ameaçar uma alteração no placar. Nem os seis minutos de acréscimo ajudaram a mudar o quadro. Sob os gritos de “eliminado”, caiu o primeiro gigante na Copa de 2014.

E a torcida chilena, que já comemorava nos últimos minutos de jogo, chorou e vibrou pelo feito histórico após o apito final. A festa sul-americana dominou o Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira. A Espanha se junta a outras seleções campeãs eliminadas na primeira fase da Copa seguinte. Antes, Brasil, em 1966; França, em 2002; e Itália, em 2010. Na última rodada, Chile e Holanda decidem no dia 23, em São Paulo, quem terminará em primeiro do grupo. No mesmo dia, Espanha e Austrália, que perdeu para a Holanda no primeiro jogo do dia, entram em campo pela última vez nesta Copa, com ares de amistoso, em Curitiba. Da Agência Brasil.

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