O maior ídolo do futebol argentino, Diego Armando Maradona reclamou na terça-feira (18) que foi impedido de entrar no Maracanã para ver o jogo do último domingo entre Argentina e Bósnia por “má fé” da organização. “Não me deixavam entrar por nenhum lado. Uma coisa é não poder e outra coisa é que não te deixem. Quando há boa fé te deixam entrar, quando há má fé pode esquecer e voltar ao hotel, como nós fizemos”, disse Maradona. O ex-jogador garantiu que tinha credenciamento de imprensa por seu trabalho como comentarista no programa “De zurda” (“De canhota”), transmitido pela emissora venezuelana “Telesur” e pela “TV Pública” argentina, mas mesmo assim não pôde entrar no estádio para ver a estreia da Argentina na Copa do Mundo.
Maradona detalhou que teve que voltar ao hotel junto com seu filho, Diego Fernando, de um ano, que usava a camiseta de Lionel Messi, para ver o jogo pela televisão. O ex-jogador explicou que tinha esperança de ver a partida e reencontrar-se com a equipe que dirigiu no Mundial de 2010, na África do Sul, no qual caiu perante a Alemanha nas quartas de final. “Contra a Bósnia era o primeiro jogo, depois da África do Sul, em que veria os rapazes, mas não pude fazer isso”, lamentou Maradona.
Além disso, Maradona aproveitou a entrevista para desmentir os rumores de que tem uma má relação com Messi: “alguém uma vez declarou que eu, ‘em off’, costumava dizer coisas de Messi, que o invejava, mas nada a ver. Não tenho tempo para invejar, só para amar”, assegurou. Maradona falou ainda sobre a atuação da seleção argentina durante a partida de estreia e considerou que, se continuar jogando como fez na primeira metade do duelo contra a Bósnia, dificilmente conquistará o título.
“É preciso ver mais as equipes para tirar conclusões: Brasil, França, Holanda e Espanha não jogaram como campeões. A Argentina, pelo que vimos, também não. Gostaria de poder dizer o contrário. A equipe tem potencial, mas os outros também”, concluiu. Do Portal Terra.