A candidata à reeleição à Presidência Dilma Rousseff (PT) disse nesta terça-feira (5) que o Brasil precisa aproveitar mais eficientemente os seus recursos hídricos disponíveis para o transporte de produtos agrícolas pelo país. Durante visita à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, ela criticou o fato de mais de 40% da produção de grãos do Brasil escoar para portos do Sudeste ou do Sul, apesar das produções ocorrerem em grande parte nos estados ao norte do país. “A Amazônia devia utilizar seus rios para escoamento dos seus produtos[…]. Para mim, uma das questões nos próximos quatro anos é a da ênfase no transporte hidroviário, combinado e articulado com ferroviário”, disse a candidata, citando possíveis trajetos da soja e do milho por ferrovias que saem do Mato Grosso, desembocam no Rio Amazonas e vão para o oceano.
Dilma prometeu ainda acompanhar o cumprimento do compromisso da empresa responsável pelas obras de Belo Monte de construir cerca de 5,3 mil moradias para as famílias impactadas pela construção da usina. Segundo ela, só agora alguns municípios próximos à usina estão tendo a possibilidade de construir estações de tratamento de água e de esgoto. Ao comentar que os investimentos em geração e transmissão de energia elétrica fizeram com que o país não entrasse em racionamento durante a Copa do Mundo, e nem corra o risco de entrar. A candidata disse que ainda é difícil saber o impacto que terá o reajuste da tarifa em 2015 devido às circunstâncias da hidrologia.
Após a visita à usina, Dilma Rousseff visitou a linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus, projeto que, em sua opinião, “dá segurança energética para o Norte do país”. “O Norte não se beneficiava com uma das maiores realizações de engenharia que vem sendo construída ao longo dos anos, que é o sistema interligado nacional de transmissão”, disse. De acordo com a candidata, 30% da cidade de Manaus já é abastecido por meio do sistema, que passa pelo Rio Amazonas por meio de duas torres de 295 metros de altura cada. Da Agência Brasil.