Vinte e cinco militantes do MST terminaram o curso de Medicina em Cuba, no último dia 23 de julho. A Escola Latinoamericana de Medicina (ELAM), fundada em 1999, foi uma iniciativa do governo cubano após um furacão que passou pela América Central e Caribe em 1998, deixando a região completamente devastada. “Formar médicos de ciência e consciência é a missão desta escola”, afirmou Fidel Castro a época. A meta era formar 10 mil médicos em 10 anos, que fossem capazes de atender as regiões mais pobres mundo. Passados 15 anos, o resultado do projeto superou a meta estabelecida: mais de 120 países, principalmente da América Latina, África e Oriente Médio já puderam formar gratuitamente milhares de estudantes, que levam aos seus países um atendimento humanizado.
A formação do país caribenho está fora da lógica capitalista, onde a medicina e os médicos não são produtos do mercado e das transnacionais, e os pobres podem ter acesso ao atendimento básico, um direito universal. “Aqui em Cuba, a tarefa do MST, além de formar profissionais militantes, é também participar da vida política do país e fortalecer os laços de irmandade e solidariedade com o povo heroico de Cuba. Somos eternamente gratos à Revolução Cubana por proporcionar aos nossos militantes a oportunidade de estudar uma carreira que no Brasil é tão elitizada e os pobres não têm acesso”, afirma Judite Santos, da Brigada do MST.
Além do Projeto ELAM, também se graduaram a primeira turma do projeto ALBA, iniciativa dos governos de Cuba e Venezuela para massificar a formação de profissionais da medicina em nosso continente. A Brigada do MST em Cuba completa, em 2014, 15 anos de vida e militância no país. Já passaram pela brigada centenas de militantes, que se graduaram em diversas carreiras, sobretudo de medicina.
A brigada conta hoje com 54 estudantes, dos quais 25 acabaram de se graduar. “Esses recém formados regressarão ao Brasil para iniciar uma nova etapa de estudo, trabalho e levar a saúde para os rincões mais pobres do nosso país, colocando em prática os aprendizados destes sete anos que passaram na Ilha”, coloca Judite. Para ela, além do conhecimento prático adquirido, os militantes ainda “levarão o legado de Che, Camilo, Aydée e tantos outros revolucionários e revolucionárias que nos ensinaram a seguir lutando para transformar o mundo”.