O Partido dos Trabalhadores aceitou pagar R$ 500 mil ao publicitário Jeferson Monteiro, autor de ‘Dilma Bolada’, página de Facebook que faz paródia favorável a Dilma Rousseff e que, hoje, tem quase 1,5 milhão de pessoas. As informações são da revista Época.
Em julho deste ano, quando as campanhas eleitorais saíram às ruas, Monteiro decretou, em seu perfil pessoal, a morte da personagem. O anúncio veio depois de meses tentando negociar com o PT um valor para o apoio à campanha de Dilma. “Desde o começo do ano, Monteiro recebera do PT a promessa de que ganharia um valor mensal, na casa de dois dígitos, para manter no ar Dilma Bolada”, afirma a reportagem. Além do dinheiro, Monteiro queria total controle sobre a personagem.
Depois de seis dias, ‘Dilma Bolada’ estava novamente atuando. De acordo com a revista, o PT convenceu Monteiro a retomar a página em troca de meio milhão de reais — apenas para o primeiro turno. “À medida que a eleição se aproxima, Dilma Bolada tem sido mais agressiva com os adversários”, afirma a reportagem. “Em agosto, poucos dias depois de reativar sua conta, Dilma Bolada disse que o pai do menino de 11 anos cujo braço foi comido por um tigre num zoológico do Paraná deveria ter levado Aécio Neves no passeio.” À revista, a campanha de Dilma negou manter relações comerciais com Monteiro.
Muda Mais
A reportagem da Época vai além de Monteiro — o site Muda Mais também é comentado. De acordo com a revista, o Muda Mais é “a mais rica e poderosa [das armas do PT], especializado em atacar os adversários de Dilma.” O site chegou a sair do ar na terça-feira (16) por decisão do TSE, mas voltou em seguida.
De acordo com a revista, o Muda Mais, nascido em março, é um site parapartidário do PT. “Apresentava-se como fruto de uma iniciativa espontânea da militância petista. Na verdade, era pensado, estruturado e financiado pela cúpula da campanha de Dilma. O site e seus filhotes virtuais, como contas no Twitter e no Facebook, foram idealizados em outubro do ano passado, numa reunião no Palácio do Planalto entre Franklin, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma e o marqueteiro João Santana.”
Franklin queria montar um time exclusivo para atuar nas redes sociais sob a chancela do Muda Mais, que não fosse constituído de pessoas diretamente ligadas à campanha de Dilma ou ao PT. “Era preciso ter liberdade para enfrentar os adversários”, aponta o texto. “Os ataques se tornaram a marca do Muda Mais.” Extraído do Brasil Post.