O Ministério Público Estadual está ciente do caso do roubo de documentos na casa do ex-secretário de Administração da prefeitura de Itaberaba, na Chapada Diamantina, Alberto Magno Almeida Leal. Nesta quarta-feira (21), por meio da assessoria de imprensa da promotora Nataly Santos de Araújo, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itaberaba, o órgão informou as medidas que foram adotadas em relação ao fato. “As supostas irregularidades ocorridas na prefeitura de Itaberaba, noticiadas pelo ex-secretário de Administração deste município, Sr. Alberto Magno Almeida Leal, bem como a invasão à residência deste, chegaram ao conhecimento deste Ministério Público, através do próprio ex-secretário, que compareceu pessoalmente à Promotoria de Justiça”, diz trecho da resposta aos questionamentos feitos pelo Jornal da Chapada.
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Ainda de acordo com a resposta, detalhes do caso não podem ser revelados para não comprometer a investigação e o órgão afirmou que, durante a visita do ex-titular da pasta de Administração do Governo João Filho, foi relatado todo o acontecido. “Na oportunidade, foi colhido o Termo de Depoimento do ex-secretário e, a partir de então, iniciada a apuração dos fatos relatados. Por ora, este órgão de execução se reserva a prestar somente estes esclarecimentos acerca do caso, com vistas a não comprometer o andamento das investigações”, completa nota enviado ao Jornal da Chapada.
O ex-secretário está acusando o prefeito da cidade João Almeida Mascarenhas Filho (PP) e o presidente da Câmara de Vereadores, Zenildo Aragão, o Paraná (PHS), de serem os mandantes da ação criminosa em sua residência. Nas filmagens das câmaras de segurança da casa de Alberto Magno Leal aparece a imagem de um suposto “fiel escudeiro do atual prefeito” de prenome Lúcio, descendo do suposto carro do presidente da Câmara e indicando aos ladrões a casa do ex-secretário. Entretanto, nenhuma medida foi tomada para encontrar essa peça chave para solução do caso.
O fato das imagens terem flagrado os ladrões saindo da casa correndo apenas com papeis na mão denota que não se tratou de um roubo normal. Considerando que a vítima alega que os documentos eram as provas de desvios de dinheiro público cometidos pelo prefeito, que chegaram a R$ 1 milhão por mês. Vale ressaltar que em resposta pública, o prefeito alega que o ex-secretário foi exonerado porque foi descoberto cobrando propinas de empresas que prestam serviços ao município. Já Alberto Magno, afirma que os recibos apresentados pelo prefeito são provenientes de prestação de serviços de consultoria a Empresa Fraga e Moraes Advogados Associados. O Jornal da Chapada entrou em contato com um dos sócios da empresa, o advogado Alberto Sacramento, que afirmou “que só vai se pronunciar no momento certo”.
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