Ao defender as medidas de ajuste fiscal promovidas pela equipe econômica neste segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (25), em Feira de Santana, que promove “algumas correções”, “como uma mãe, como uma dona de casa” faz com o orçamento doméstico. “Precisamos fazer ajustes e faço ajuste no meu governo como a dona de casa faz na casa dela”, disse. Dilma defendeu a necessidade dos ajustes que, segundo ela, são feitos para melhorar e focar os programas sociais, “garantindo oportunidades”.
“Essas correções dizem respeito ao fato que para o Brasil é muito importante focar os programas sociais. Fazer com que se beneficiem só quem precisa deles”, disse a presidente, que garantiu que a mudança de rota não paralisará os programas sociais do governo. Sobre o Minha Casa Minha Vida, por exemplo, a presidente garantiu que as moradias da terceira fase do programa serão melhores do que as que são entregues hoje.
A presidente tratou as medidas como ajustes que propiciarão a retomada de “um novo ciclo de desenvolvimento econômico para gerar mais emprego, mais renda e fazer com que o Brasil continue a crescer de forma acelerada”. As viagens da presidente Dilma pelo Brasil são parte de uma estratégia para a retomada de sua popularidade. Para uma plateia formada por muitos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, Dilma explicou as medidas impopulares. “Eu tenho coragem suficiente para fazer as mudanças que são necessárias. Só tenho o compromisso com a população e a cidadania desse pais, com o povo pobre desse País”.
Dilma prometeu ainda a implantação do programa Mais Especialidades, outra promessa de campanha. A entrega de 920 casas do Minha Casa, Minha Vida é o primeiro ato da campanha positiva que o Palácio do Planalto tenta implantar para recuperar a popularidade de Dilma. Além da visita à Bahia, Dilma já tem marcada uma viagem ao Rio de Janeiro no próximo domingo, 1º de março, onde participa de comemorações pelos 450 anos da cidade. Texto de Roberto Castro, da Agência Estado.