Nesta segunda-feira (2), o senador Aécio Neves (PSDB) voltou a escrever sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, e assim como tem feito recentemente aproveitou para criticar o governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, há uma sensação preponderante hoje de que o País vai mal e piora. “São visíveis as contradições do governo central e seu crescente distanciamento da realidade”, afirma o ex-candidato à presidência. Aécio aproveitou para listar os problemas e as “incoerências” do governo, entre elas “o aumento do preço da energia, da gasolina, de impostos e dos juros; o flagrante descrédito internacional; a inflação que torna mais custosa a sobrevivência; a precariedade dos serviços públicos, em especial da segurança e do atendimento à saúde, além da tentativa de, sem qualquer diálogo com a sociedade, cortar direitos dos trabalhadores”.
Segundo o senador, o governo não tem respostas para suas próprias incoerências e “vive grave paralisia diante das múltiplas crises”. “Ao final, são problemas demais e providências de menos, confirmando a ausência de rumo”, afirma o tucano. Ele ainda destaca que estes temores levam ao risco da perda de conquistas importantes, como a estabilidade econômica e os avanços sociais. “As oposições no país têm consciência dos seus deveres, enormes e intransferíveis. Sabem que é crucial impedir que se fragilizem as instituições e que se coloquem em risco a democracia, a liberdade e os direitos de cada cidadão”, continua ele.
Aécio ainda lembra de “outro protagonista”: o sentimento do povo brasileiro, que segundo ele “começa a transbordar nas conversas em casa, nas ruas, no trabalho”. “Ele reflete inquietude, que pode gerar mais participação e responsabilidade coletiva. Sinaliza a existência de um povo se apropriando do que lhe pertence: o seu presente e os rumos do seu futuro”, completa.