O Centro Cívico da cidade de Curitiba (PR) se transformou em um cenário de guerra da tarde desta quarta-feira (29). Professores da rede estadual e outras categorias que protestavam em frente à Assembleia Legislativa foram vítimas de forte represália da Polícia Militar do Paraná. Ao todo, mais de 200 pessoas ficaram feridas, sendo 15 em estado grave, segundo informações da Prefeitura. Os servidores protestavam contra a votação do projeto de lei 252/2015, de Beto Richa (PSDB), que autoriza o governo a mexer no fundo de previdência dos servidores públicos do estado, a ParanáPrevidência. A intenção do governador é utilizar esses recursos para cobrir o rombo nas contas públicas provocado pela má gestão do tucano nos quatro anos anteriores.
Mais de 4 mil agentes participaram da ação, que contou com o uso de balas de borracha contra a população desarmada, bombas de gás lacrimogênio, lançadas até mesmo de um helicóptero, spray de pimenta, cassetetes, jatos de água e até ataques de cães. De acordo com a Polícia Militar do Paraná, 17 PMs foram detidos por se recusarem a participar do cerco. Após a confusão, o projeto foi aprovado em segundo turno, no final da tarde, por 30 votos a 20. Também foram aprovadas as emendas de Plenário e a da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo o deputado Professor Lemos (PT), é um “assalto” o que o governador pretende fazer com o maior fundo de previdência entre os dos 27 estados da federação. De acordo com ele, a intenção do governador é “passar as mãos”, imediatamente, em R$ 7,5 bilhões dos R$ 8,5 bilhões que o fundo tem em caixa. Richa deverá também transferir o pagamento de 33 mil aposentados para as contas da ParanáPrevidência, ao custo mensal de R$ 142 milhões. Extraído do Política na Rede.