Funcionários da Max Forte, empresa de segurança que presta serviço à rede G Barbosa, serão investigados pela 9ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro da Boca do Rio, em Salvador, após serem flagrados maltratando um homem negro, morador de rua, em condições degradantes e humilhantes. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, de acordo com ofício de resposta entregue nesta terça-feira (12) ao vereador Luiz Carlos Suíca (PT), que encaminhou a denúncia ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Esse fato viola os direitos humanos e os funcionários cometeram um crime à dignidade de um homem que não oferecia resistência alguma para os procedimentos daqueles vigilantes”, declara o edil.
A situação veio a público quando um vídeo gravado por um cidadão que passava pelo local e registrou a ação. “A cena é lamentável, imagino a situação de uma pessoa ser submetida à tortura, sem poder se defender, mesmo que ele tenha cometido algum ato ilícito, isso é inadmissível. Procedimento de segurança empresarial nenhum é maior que a dignidade da pessoa humana, principalmente quando um indivíduo não oferece risco iminente para aqueles que o abordam”, frisa Suíca.
Ainda de acordo com o edil petista, o morador de rua teve sua saúde exposta por funcionários irresponsáveis. “Não só fisicamente, o homem torturado também pode ter a saúde comprometida, já que foi mergulhado em água imunda de um córrego, como também, a saúde psicológica desse rapaz pode está dilacerada com as sequelas morais que a brutalidade daqueles seguranças deixaram”, lamenta Suíca. O vereador aponta ainda para a atuação do MP-BA e diz que apresentou o caso à Justiça “para representar interesses da sociedade e evitar que casos como este se repitam”.
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