O grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que localizou um fóssil de um tatu gigante na cidade de Iramaia, na Chapada Diamantina, pretende expor réplicas do animal no município baiano, depois que finalizar o projeto de investigação sobre a descoberta. O esqueleto foi achado em 2014 em uma caverna após outro grupo de pesquisadores paulistas localizarem o fóssil. “O trabalho não está terminado. Ainda falta muita coisa para analisar. A gente tem intenção de retornar para Iramaia de alguma maneira, para expor o material e retornar à comunidade”, conta o pesquisador da Ufscar Marcelo Fernandes, que liderou a expedição.
Marcelo explica que a estrutura do fóssil é frágil e por isso, seria melhor que as réplicas ficassem expostas. “Quando saiu da caverna, ele já estava fragmentando”, lembra. O grupo prepara um artigo científico para concluir a investigação sobre o animal. O tatu da espécie Homelsina e da família Pampatherium tem dois metros e cerca de 220 kg. Por conta do peso, os pesquisadores tiveram que usar cordas para retirar o fóssil da caverna onde foi encontrado.
O pesquisador afirma que o animal gigante, apesar do tamanho maior, é muito parecido com os tatus atuais. “Ele é uma descoberta mais completa. O tatu Canastra, cujo fóssil foi encontrado em Minas Gerais, e tem quase um metro. Na tomografia, nós comparamos o crânio do tatu gigante com o atual. Foi possível observar que as fossas nasais são desenvolvidas, o que permitia sentir odores à distância. Também era um bicho que escavava”, conta. Marcelo Fernandes diz que a mesma expedição que localizou o tatu também encontrou um osso que pertence a uma preguiça gigante, terrestre e não adulta. Extraído do Portal G1.