Uma força-tarefa composta por órgãos federais e estaduais de saúde deve ser montada nesta segunda-feira (24), para investigar e analisar os riscos da contaminação de água por urânio na região de Caetité e Lagoa Real, no sertão da Bahia, como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo” na edição de sábado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo, 23, que vai procurar a Superintendência de Vigilância Sanitária e Saúde da Bahia para tomar atitudes em relação ao consumo de água radioativa.
O trabalho também deverá ter o apoio da Secretaria de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde. O objetivo é auxiliar o órgão estadual de vigilância em um levantamento das situações de risco à saúde da população, identificando poços que possam ter água contaminada com alto teor de urânio. A Comissão Paroquial de Meio Ambiente (CPMA), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Associação Movimento Paulo Jackson, Ética, Justiça, Cidadania vão pedir ao Ministério Público Federal (MPF) na Bahia a instauração de uma ação contra a Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
“Após a admissão pública da contaminação da água por urânio na região de influência da mineração, esperamos que, finalmente, as autoridades competentes, especialmente Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e MPF, tomem as providências cabíveis, requeridas há tanto tempo pelas populações afetadas pela mineração de urânio na Bahia”, disse Zoraide Vilasboas, presidente da Associação Movimento Paulo Jackson. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.