O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (26), por 59 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção, a recondução de Rodrigo Janot Monteiro de Barros ao cargo de procurador-geral da República. Ele foi sabatinado por mais de dez horas de sabatina pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (26). Na CCJ, Janot teve 26 votos favoráveis e um contrário. A indicação de Janot seguiu em regime de urgência ao Plenário. O atual mandato do procurador-geral da República termina no dia 17 de setembro.
Durante a sabatina na CCJ, Janot defendeu a parceria do MP com os três Poderes e respondeu a vários questionamentos dos senadores, em especial sobre a Operação Lava-Jato, a atuação do MPF na investigação das pedaladas fiscais do governo federal, o caso Swissleaks, entre outros assuntos. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ressaltou que essa foi a segunda maior sabatina da história do Senado. Ele observou que ocorreram trinta interpelações, o que demonstra que a CCJ cumpriu a sua prerrogativa como exige o texto constitucional.
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O procurador-geral da República foi o mais votado na eleição realizada entre os integrantes do Ministério Público da União, que oferece uma lista tríplice ao presidente da República. Além de chefiar o órgão, que abrange os Ministérios Públicos Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal e Territórios, o procurador-geral também preside o Conselho Nacional do Ministério Público e deve ser ouvido em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. O mandato para o ocupante do cargo é de dois anos, mas a Constituição permite reconduções ilimitadas do titular. Com informações da Agência Senado.