A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) receberá R$ 5,5 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para desenvolver 92 projetos de pesquisa e 496 planos de ação de fomento ao setor até o fim de 2017, informou na quarta-feira (26) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Os projetos incluem transferência de tecnologia nas áreas de sustentabilidade da cafeicultura de montanha, mão de obra escassa e de alto custo, estresses bióticos (insetos-pragas, fungos, bactérias, vírus e nematoides) e abióticos (déficit hídrico), qualidade e marketing para rentabilidade e deficiência dos processos de transferência de tecnologia.
O objetivo é otimizar processos para redução do custo de produção, via mecanização, e desenvolver estudos de viabilidade econômica, social e ambiental. Sobre a escassez e alto custo da mão de obra, o ministério acrescentou que a meta é aperfeiçoar a capacitação da força de trabalho e adaptar a eficiência das máquinas aos diversos sistemas produtivos.
Quanto aos estresses bióticos e abióticos, serão contemplados projetos que objetivam a redução dos efeitos de mudanças climáticas nas lavouras de café. Também será incluído o desenvolvimento de cultivares adaptadas às diferentes regiões produtoras, de acordo com tolerância e resistência a pragas e doenças.
O setor pretende também aprimorar o maquinário para colheita e pós-colheita, de modo a preservar e melhorar a qualidade do café brasileiro. Com isso, o setor espera a agregação de valor e pesquisas mercadológicas para definição de estratégias de promoção comercial em diferentes mercados.
O Consórcio Pesquisa Café, criado em 1997 e coordenado pela Embrapa Café, tem a missão de conjugar recursos humanos, físicos, financeiros e materiais das instituições consorciadas para viabilizar o desenvolvimento dos projetos de pesquisa da produção e da indústria cafeeira. Nesses 15 anos de atuação foram desenvolvidos mais de mil projetos de pesquisa sobre os diversos temas de interesse dos cafeicultores. Da Agência Brasil.